Brasília|Do R7
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A avaliação negativa do Congresso Nacional atingiu a maioria da população brasileira, segundo a mais recente pesquisa Genial/Quaest. O levantamento, realizado entre os dias 10 e 14 de julho, revela que 51% dos brasileiros desaprovam o trabalho dos parlamentares, contra 42% que aprovam. Outros 7% não souberam ou preferiram não responder.
O descontentamento se intensifica entre homens (55%), pessoas com ensino superior completo (59%) e aqueles com renda familiar acima de cinco salários mínimos (60%).
Já entre os que ganham até dois salários mínimos, a percepção é mais favorável ao Congresso: 47% aprovam e 44% desaprovam.
Perfil da desaprovação
O índice de reprovação ao Congresso é expressivo entre evangélicos (49%) e católicos (48%), e ainda mais elevado entre quem votou em Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições de 2022 (54%) e entre aqueles que não votaram ou anularam (55%).
Já entre os eleitores de Lula, a avaliação é dividida: 48% aprovam e 46% desaprovam.
Entre os que se identificam como bolsonaristas, a desaprovação chega a 60%, enquanto entre lulistas/petistas, o cenário se inverte: 61% aprovam a atuação do Congresso, e 34% desaprovam.
Nos grupos que não se identificam com nenhum dos dois campos, a insatisfação também prevalece, com 52% de reprovação.
Regionalmente, o Sudeste lidera a desaprovação, com 54%, seguido pelo Nordeste (50%) e Centro-Oeste/Norte e Sul (ambos com 47%).
Quem aprova
Apesar da maioria desaprovar, há grupos favoráveis ao Legislativo. Além da faixa com renda mais baixa, também se destacam os que aprovam o governo do presidente Lula.
Entre eles, 52% avaliam positivamente o Congresso. Já entre os que desaprovam o governo, apenas 36% têm visão favorável dos parlamentares.
A aprovação também é maior entre pessoas com menor escolaridade (45% entre os que estudaram até o ensino fundamental) e entre quem se informa principalmente pela TV (48%).
Rejeição ao aumento de deputados
A pesquisa também abordou a proposta de aumentar o número de deputados federais de 513 para 531.
A resposta da população foi majoritariamente contrária: 85% dos entrevistados se disseram contra a medida, enquanto apenas 9% a apoiam. Outros 6% não souberam ou não quiseram responder.
A pesquisa ouviu 2.004 brasileiros com 16 anos ou mais, em entrevistas presenciais em 120 municípios de todas as regiões do país.
A margem de erro é de dois pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%. A amostragem foi feita por variáveis como renda, escolaridade, região, sexo e voto.