Mesmo licenciada da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, a deputada estadual Janaina Riva e presidente estadual do MDB segue ativa nas articulações políticas visando as eleições de 2026. Em entrevista nesta semana, Janaina reafirmou que sua pré-candidatura ao Senado é a única consolidada dentro do partido.
"Hoje não tem nenhuma possibilidade de recuo. Aliás, é a única convergência [do MDB para 2026]”, afirmou a parlamentar.
De acordo com a própria deputada, durante sua licença do cargo, ela tem se reunido com lideranças estaduais do MDB para discutir a formação das chapas proporcionais. O objetivo é fortalecer o partido com novas filiações e definir os nomes que disputarão cargos estaduais e federais.
Ela ainda afirmou à imprensa esta semana que a discussão da composição de chapa tem sido cotidiana. Segundo Janaina, essa seria a ‘lição de casa’, para que posteriormente o partido articule aliados e coligações.
Para a deputada, o prazo até março de 2026 será estratégico para atrair o maior número possível de pré-candidatos ao Legislativo: “Esse tem que ser o foco até março: trazer o máximo de filiações que tenham pretensão de candidatura a (deputado) federal e estadual”, ressaltou.
CASOS DE FAMÍLIA
Apesar do avanço nas articulações, um dos desafios apontados para a decolagem da candidatura da deputada é a saturação de candidatos à direita. Janaina busca espaço no grupo que abrange a maior parte do eleitorado mato-grossense, mas encontra resistência por ser do MDB. A ligação com o senador Wellington Fagundes, pré-candidato ao governo pelo partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, o PL, poderia ser uma vantagem, mas se tornou um transtorno.
Isso porque o grupo de Fagundes já conta com duas pré-candidaturas declaradas ao Senado, sendo o bolsonarista José Medeiros, do PL, e o governador Mauro Mendes (União Brasil).
Wellington, por si só, trava o próprio desafio para garantir seu espaço na chapona da direita. No páreo, ele disputa diretamente com o atual vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) que tem a simpatia de uma ala da direita resistente a Wellington, assim como a Janaina, pela ligação do senador com governos petistas no passado.
Embora as costuras de coligações, especialmente à direita, sejam incertas e inchadas, Janaina demonstra que não está disposta a ceder.
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