O primeiro-suplente do PT na Assembleia Legislativa (ALMT), Henrique Lopes, admitiu ao HNT Entrevista que há risco dos parlamentares da extrema-direita articularem o impeachment do presidente Lula (PT) diante da reação do alto escalão do governo federal pela aprovação da taxa aos super-ricos e contra a derrubada do aumento do IOF (Imposto sobre Operações).
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"Isso é possível até porque o congresso já demostrou que não está pra brincadeira", opinou o primeiro suplente.
Henrique Lopes destacou que a Câmara dos Deputados e o Senado tem porcentagem significativa de simpatizantes ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que apoiam pautas populares entre os conservadores, como a anistia aos presos políticos dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
"Hoje, você tem o Congresso já invadindo a competência do poder Executivo, foi lá com o escândalo do orçamento secreto e com as emendas impositivas e não contente já tem um Congresso com armação para ter mais senadores para desestabilizar um sistema de Justiça brasileiro e para um congresso que boa parte dos deputados apoiaram a tentativa de golpe pedindo anistia para golpista. Derrubar um presidente é um estalo", emendou.
No entanto, o suplente acredita que o governo "não pode se acovardar" e deve manter as tentativas de negociação por meio da base. Como contrapartida para obter apoio dos oponentes, Lula tem o poder de veto aos projetos de lei de interesse dos bolsonaristas, como o Projeto de Lei Complementar (PLP) 177/23 que cria 18 cadeiras na Câmara e foi amplamente defendidos pela direita.
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