O governo federal promoveu nesta segunda-feira mais uma leva de demissões de indicados do Centrão em cargos regionais. As exonerações, publicadas no Diário Oficial da União, atingem servidores da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs).
Entre os demitidos está José Lindoso de Albuquerque, que ocupava o cargo de diretor de Administração da Sudene. Filiado ao União Brasil, ele foi secretário de Mobilidade no governo de Jair Bolsonaro e, antes disso, atuou como secretário parlamentar do deputado Luciano Bivar, também do União.
Outra exonerada foi Carmen Lúcia Bairros dos Santos, coordenadora estadual do Dnocs no Rio Grande do Norte, indicada pelo deputado João Maia, do Progressistas. Maia foi um dos parlamentares que votaram contra a medida provisória que ajudava o governo a fechar as contas públicas.
Também foi demitido Marcos Vander Costa da Cunha, coordenador estadual do Dnocs em Sergipe e aliado do deputado Agostinho Ribeiro, do Republicanos, que igualmente se posicionou contra a MP.
As demissões fazem parte de um pente-fino conduzido pela Secretaria de Relações Institucionais. A análise, segundo fontes do Planalto, é feita por deputado e não por partido, com o objetivo de afastar do governo todos os indicados de parlamentares que têm votado contra as pautas de interesse do Executivo.
A medida repete o movimento da semana passada, quando aliados de deputados do PSD e de outras siglas que contrariaram o governo também foram retirados de cargos comissionados.