O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, afirmou nesta quinta-feira (25) que a visita do apresentador Carlos Massa, o Ratinho, ao Palácio Paiaguás, foi estritamente uma visita de cortesia, sem qualquer discussão sobre política, eleições ou eventual apoio à candidatura do filho, Ratinho Junior, atual governador do Paraná.
“Não, não teve esse condão. Foi só uma visita de cortesia dele. Ele conhece Mato Grosso, vem com frequência. Foi uma conversa informal, sem pauta política”, garantiu Mendes ao ser questionado por jornalistas.
O encontro aconteceu em meio a especulações nacionais sobre as movimentações políticas para as eleições de 2026, nas quais Ratinho Junior é apontado como um dos nomes cotados para disputar a Presidência da República ou compor como vice em alguma chapa.
Apesar do contexto, Mauro Mendes foi categórico ao descartar qualquer articulação nesse sentido: “Ele veio aqui porque conhece o estado, gosta de vir, tem amigos. Foi só isso. Não houve conversa sobre candidatura, nem apoio político.”, reforçou.
No conteúdo institucional publicado sobre a visita, o governador postou que uma das pautas discutidas no encontro foi o atendimento a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), que seria inclusive uma pauta de interesse da primeira-dama, Virgínia Mendes.
Apesar de negar o teor político do encontro, Mendes e Ratinho reuniram no mesmo encontro os deputados estaduais Beto Dois a Um, Eduardo Botelho, senador Jayme Campos, todos do União Brasil, o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), e secretários de estado.
Pré-campanha
Em jantar realizado no último domingo (21), na casa do presidente do PSD, Gilberto Kassab, lideranças do partido discutiram formas de viabilizar a candidatura de Ratinho Junior (PSD). Entre os temas, esteve a contratação de um marqueteiro para coordenar a comunicação da pré-campanha — o nome cogitado foi Nizan Guanaes, que recusou o convite. Um novo profissional deve ser buscado.
Com mais de 85% de aprovação popular, segundo o instituto Paraná Pesquisas, Ratinho Junior é apontado como uma das principais opções do campo de centro-direita para ocupar o espaço deixado por Jair Bolsonaro, hoje inelegível.
Ao contrário de outros governadores cotados — como Tarcísio de Freitas, Romeu Zema e Ronaldo Caiado —, Ratinho tem evitado embates ideológicos e apostado em um discurso de conciliação. Em um eventual segundo turno contra Lula, teria 32% das intenções de voto, número semelhante ao de outros nomes da direita.
VEJA VÍDEO: