Foram sancionadas nesta sexta-feira (6) a criação da Política Municipal de Cuidados Paliativos e a inclusão da tradicional Festa do Senhor Divino Espírito Santo no calendário oficial de eventos de Cuiabá. As propostas são de autoria da vereadora Katiuscia Manteli (PSB) e foram oficializadas pelo prefeito Abilio Brunini (PL) em cerimônia realizada na Câmara Municipal.
Os textos tratam de duas áreas fundamentais: a garantia de um atendimento mais digno e humanizado a pacientes em estágio terminal e o reconhecimento de uma das mais importantes manifestações culturais e religiosas da capital mato-grossense.
“Estou muito feliz que minha primeira lei sancionada vá impactar de maneira tão significativa a nossa sociedade. O Brasil é o terceiro pior país do mundo para se morrer, e essa política busca mudar esse cenário com mais dignidade e humanidade nos momentos mais difíceis da vida”, afirmou a vereadora sobre os cuidados paliativos.
Durante o ato, o prefeito Abilio parabenizou a parlamentar pela sensibilidade e reforçou que a política não impõe obrigatoriedade, mas amplia as possibilidades de cuidado e respeito à vontade dos pacientes e suas famílias. “A decisão é do paciente e da família. Essa política garante uma vida mais digna até o fim, com mais humanidade e sociabilidade. Ainda existe preconceito sobre o cuidado domiciliar, mas ações como essa ajudam a mudar essa realidade”, disse.
Presente na solenidade, a fisioterapeuta e militante da causa paliativista Grace Rocatto destacou a importância da nova política pública. “Profissionais de saúde são treinados para salvar vidas, mas hoje reconhecemos que também é possível cuidar de outra forma. Quando cuidamos de um ser humano, sempre ganhamos. E é isso que os cuidados paliativos proporcionam.”
Já sobre a valorização da Festa do Senhor Divino Espírito Santo, Katiuscia destacou a importância cultural da celebração: “É uma das expressões mais autênticas da cuiabania. Desde os que nascem aqui — como meus filhos — até os que chegam à cidade, como eu, todos se encantam com a tradição dos festeiros, que percorrem os bairros levando as bandeiras sagradas. Nada mais justo do que eternizar essa manifestação de fé com quase dois séculos de história”.
