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Política Terça-feira, 08 de Julho de 2025, 14:18 - A | A

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Ofensas misíginas

Conselho de Ética se reúne para abrir processo contra deputado que chamou Gleisi de 'prostituta'

Além das ofensas misóginas contra a ministra, o deputado Gilvan da Federal também atacou Lindbergh Farias (PT)

Maria Magnabosco
Terra 

Foto-Carta Capital

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados se reúne na tarde desta terça-feira, 8, para instaurar o processo apresentado pela Mesa Diretora da Câmara contra o deputado Gilvan da Federal (PL-ES). O parlamentar atacou a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann e o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ).

No início de maio, o Conselho de Ética suspendeu o mandato do deputado por três meses por "conduta incompatível com o decoro parlamentar". De forma indireta, em uma sessão na Câmara, Gilvan disse que Gleisi "deve ser uma prostituta do caramba" e confrontou Lindbergh após ser chamado de "desqualificado". O deputado do PL não recorreu a decisão.

Segundo o relator do caso, Ricardo Maia (MDB-BA), as condutas de Gilvan, nos dois incidentes, "ultrapassam os limites da liberdade de expressão parlamentar, com ataques pessoais e desqualificação moral, por meio de termos ofensivos e desrespeitosos, que ferem a dignidade das autoridades atingidas e comprometem os valores institucionais da Câmara dos Deputados".

No dia 1º de maio, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), assinou uma representação contra Gilvan pela suposta quebra de decoro parlamentar ao ofender a ministra Gleisi Hoffmann (PT).

O documento assinado por Motta argumenta que o deputado do PL ofendeu a ministra ao vinculá-la ao termo "amante", numa referência a uma alcunha que teria sido atribuída à petista em um suposto esquema de favorecimento envolvendo a empresa Odebrecht.

Gilvan fazia referência à chamada "lista da Odebrecht", relacionada à Operação Lava Jato, em 2016. Nessa "super planilha", o nome de Gleisi aparecia entre os de 279 políticos de 22 partidos, sob a suspeita de ter recebido repasses ilegais da construtora.

Não é o primeiro incidente controverso de Gilvan ao longo desse seu primeiro mandato, iniciado em 2023. Neste ano, ele já desejou a morte de Lula.

Em outubro do ano passado, Gilvan foi denunciado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de calúnia e difamação contra Lula por chamar o presidente de "ladrão" e "corrupto", além de atacar o então ministro da Justiça e hoje ministro da Suprema Corte, Flávio Dino, durante o ato do Movimento Pró-Armas em Brasília, em julho de 2023.

Em junho de 2024, o deputado desafiou o senador Marcos do Val (Podemos-ES) para uma briga num ringue profissional em discurso proferido no plenário da Câmara. Nesse mesmo mês, deu um empurrão em um homem que gritou "viva a maconha" em uma sessão de comissão na Câmara e pediu revista do cidadão.

Já em dezembro de 2023, Gilvan chamou o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) de "traidor" em uma sessão do Congresso Nacional e precisou ser apartado por seguranças. 

 

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