O ex-senador Cidinho Santos (PP) disse que a tendência é que a extrema-direita defina pelo lançamento de múltiplas candidaturas à presidência da República e se una somente no segundo turno. No entanto, Cidinho defende que caso o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), formalize a candidatura, que seu nome receba o apoio dos demais. As múltiplas candidaturas também foram ventiladas pelo governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo-MG), durante visita à Cuiabá nesta semana.
Zema é um dos pré-candidatos do grupo de conservadores. Os governadores do Paraná, Ratinho Júnio (PSD-PR), e de Minas Gerais, Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), são outras alternativas.
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"Se a candidatura for do governador Tarcísio, acho que é melhor ter uma união de todos porque você vai fortalecer mais", falou Cidinho nesta quinta-feira (27).
O temor de Cidinho é a divisão dos votos, já que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não venceu em todos os estados nas eleições de 2022. Por isso, a disputa dos candidatos vai começar na pré-campanha, pleiteando o apoio dos governadores e prefeitos das capitais, principais colégios eleitorais do país. Mato Grosso, reduto bolsonarista, está no topo da lista dos partidos que se articulam para lançar nomes à majoritária.
Ciente do jogo político, Zema se antecipou e foi o primeiro a visitar o estado como pré-candidato à presidência. Seu desafio agora é se viabilizar em MT. Nesta semana, o governador de Minas Gerais cumpre uma agenda extensa, participando de reuniões e seminários. O último compromisso é com o agronegócio no 3º Congresso Cerealista Brasileiro, no Malai Manso, em Chapada dos Guimarães (65 km de Cuiabá).
De acordo com Cidinho, as conversações ainda são iniciais e o clima é de indefinação entre os conservadores. "O que existe é uma definição se a direita vai ter um candidato só ou serão vários candidatos no primeiro turno para fazer a união no segundo turno. Eu acho que isso que é a grande dúvida, se vai ter uma candidatura do Romeu Zema, do Caiado, do próprio Tarcísio, do Ratinho, e depois, num segundo turno, ter uma união, acho que isso que é hoje a grande indefinição do grupo da direita", concluiu.
















