A senadora Margareth Buzetti (PSD) criticou duramente o radicalismo da extrema-direita e a atuação de Eduardo Bolsonaro (PL) em meio ao acirramento da crise entre Brasil e Estados Unidos. Após Donald Trump impor tarifas ao país sob a justificativa de perseguição a Jair Bolsonaro (PL), Eduardo — que vive atualmente nos EUA — foi apontado como um dos articuladores da medida, usada por ele como capital político.
Para Buzetti, esse tipo de conduta prejudica o país e enfraquece a própria direita:
“Eu espero que a direita se recomponha, se reorganize, tenha estratégia. Porque eu, a minha vida inteira fui de direita, eu a vida toda trabalhei, gerei emprego e renda, eu posso falar em nome da direita. Agora esses radicais que estão aí esbravejando em nome de Eduardo Bolsonaro e não estão preocupados com o que acontece com o próprio Bolsonaro, que está com a saúde fragilizada, não é o caminho.”
Ela defendeu uma reestruturação do campo conservador com foco em trabalho concreto e resultados, rejeitando a polarização política:
“O que eu puder fazer para que a direita se reorganize, eu estarei junto para que em 2026 a gente tenha outro cenário. Não aguento mais ouvir falar disso, essa polarização entre Lula e Bolsonaro. O Brasil é maior que isso.”
Na avaliação da senadora, nem direita nem esquerda podem ser monopolizadas por grupos radicais. Ela criticou os dois extremos e disse que falta responsabilidade nas ações:
“Ninguém é dono da direita, nem da esquerda. Os dois extremos se encontram, tanto a extrema direita quanto a extrema esquerda agem sem pensar, sem se preocupar com as consequências do que vem aí.”
