O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou ao ministro do Supremo Tribunal Fedeeral (STF), Alexandre de Moraes, que não conhece o caminhoneiro de Mato Grosso, Lucas Rotilli Durlo, vulgo "Lucão", suspeito de liderar acampamentos contra o resultado das eleições de 2022 que elegeu Lula (PT) à presidência. Bolsonaro foi ouvido nesta terça-feira (10) em Brasília junto com outros investigados no inquérito que apura a tentativa de aplicar golpe de Estafo.
"O senhor teve algum contato com o caminhoneiro Lucas Durlo?", questionou o ministro do STF. "Não lembro desse nome. Pode até aparecer uma fotografia minha e dele por aí, mas não tenho a menor ideia de quem seja essa pessoa", asseverou Bolsonaro a Moraes.
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Uma reportagem exibida pelo Fantástico, da TV Globo, em fevereiro deste ano, revelou um áudio em que "Lucão", líder dos caminhoneiros autônomos de Diamantino, São José do Rio Claro e Alto Garças, conversa com o general Mario Fernandes — apontado como o “número 2” da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo Jair Bolsonaro. No diálogo, Lucão pede orientações e questiona até quando os manifestantes deveriam permanecer mobilizados.
"Eu queria ver com o senhor qual a perspectiva. Até quando vocês querem que a gente fique aqui, general? E ver com o presidente, aí. Eu não saio daqui, eu quero ser o último a sair. Somos soldados", diz o caminhoneiro ao general.
A participação dos caminhoneiros é apontada pela Polícia Federal como uma das estratégias, à época, dos militares pressionarem as Forças Armadas para aderirem ao plano para impedir Lula de tomar posse.
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