Após visita ao pai, nesta segunda-feira (29/9), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro apadrinhou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), no campo político. Flávio, entretanto, condicionou a relação ao “o que vai acontecer com o projeto da anistia” no Congresso Nacional.
“O presidente hoje apadrinha o Tarcísio, ele é do nosso campo político. Mas não haverá decisão nenhuma enquanto não soubermos o que vai acontecer com o projeto da anistia. Somente após o processo legislativo, com o seu desenrolar final, poderemos discutir nomes. Não há por que antecipar nada. Enquanto não resolvermos a questão da anistia, não há como tomar decisão com base em achismos ou torcida”, disse o filho 01 do ex-presidente.
Esse foi o primeiro encontro do governador com Jair Bolsonaro desde a condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na ação da trama golpista.
Entre os assuntos da reunião, estava previstos, justamente, o projeto de lei que pretende diminuir penas aos envolvidos no 8 de Janeiro e também sobre as eleições de 2026. Apesar disso, Tarcísio negou que a anistia tenha sido pauta da conversa.
“Não foi pauta, não. Por incrível que pareça, a gente não conversou sobre isso. Mas eu já coloquei minha posição claramente: defendo a anistia como fator de pacificação”, afirmou.
O governador é uma das principais apostas da direita para concorrer ao Planalto contra Lula (PT), uma vez que Bolsonaro está inelegível até 2030, podendo permanecer assim pelos próximos 35 anos, em função da condenação.
Como apurou o Metrópoles, Tarcísio relatou a aliados, nas últimas semanas, que está desanimado com a ideia de concorrer à Presidência por conta da “desorganização” da direita, da repercussão negativa da PEC da Blindagem e de resultados de pesquisas eleitorais.
Também nesta segunda, o governador ainda reforçou que será candidato à reeleição para o governo de São Paulo em 2026.