O deputado estadual Eduardo Botelho (União Brasil) não foi otimista quanto a entrega do BRT (Ônibus de Trânsito Rápido). Ele acredita que o governador Mauro Mendes (União Brasil) não verá a obra pronta antes de se licenciar do Executivo para disputar o Senado devido os atrasos. Botelho assumiu sua parcela de culpa como ex-presidente da Assembleia Legislativa (ALMT) e falou que a Casa "pecou" quanto a fiscalização do modal.
"Temos pecado. Acho que uma das falhas da Assembleia foi avançar na questão da fiscalização. Reconheço até a minha falha como presidente porque fiquei praticamente oito anos na presidência. Falhei nesse aspecto. É algo que não avançamos essa questão da fiscalização", falou Eduardo Botelho à Vila Real nesta segunda-feira (29).
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Botelho pontuou que tinha expectativa de Mauro ver concluída pelo menos parte do BRT com a quebra do contrato com o consórcio e loteamento do projeto. No entanto, com a dificuldade para avançar na Avenida do CPA, ele considera difícil Mendes descerrar essa placa.
"O Mauro não vai conseguir entregar porque ele vai sair candidato ao Senado e deve deixar o governo. Eu tinha esperança de entregar, pelo menos, parcial, mas nem, isso, infelizmente", lamentou.
O BRT foi chamado pelo deputado de "praga da corrupção" que dá problemas a quatro gestões - Silval Barbosa, Pedro Taques e os dois mandatos de Mendes.
Além do modal, Botelho também citou prevê que Mauro não estará na entrega das obras Portão do Inferno, em Chapada dos Guimarães (65 km de Cuiabá). O governador defendia o retaludamento, mas a Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra-MT) acabou decidindo pela construção de túneis na MT-251.