DOUGLAS TRIELLI
O prefeito de Cuiabá Abilio Brunini (PL) afirmou a interlocutores, nesta semana, que vislumbra para as eleições do ano que vem uma chapa majoritária que contemple o senador Wellington Fagundes (PL), como candidato ao Governo, e o governador Mauro Mendes (União), como candidato ao Senado.
Vejo como algo absolutamente factível e que contemplaria os projetos dos dois grupos
A chapa seria formada ainda pelos deputados federais Fábio Garcia (União), como candidato a vice-governador, e José Medeiros (PL), como candidato a senador na outra vaga. A primera-dama Virginía Mendes (União) teria prioridade na disputa a uma vaga a deputada federal.
A possível coligação entre o União de Mendes e o PL de Abilio é admtida nos bastidores por várias lideranças dos dois grupos, que veem na força da chamada direita, liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o potencial eleitoral capaz de garantir o êxito nas urnas.
"Vejo como algo absolutamente factível e que contemplaria os projetos dos dois grupos", disse Abilio, segundo fonte do MidiaNews.
Victor Ostetti/MidiaNews
O prefeito Abilio Brunini, que vê chapa viável entre PL e União
Fator Pivetta
No momento, formalmente, o projeto do grupo de Mendes é apoiar a candidatura do vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), que assume o comando do Palácio Paiaguas a partir de abril do ano que vem - quando o governador será obrigado a se desimcompatibilizar do cargo para disputar a senatória.
Com o comando da máquina do Estado nas mãos, e mais o volume de entregas neste mandato, Pivetta teria a musculatura necessária para disputar com condições reais de vitória.
Mesmo com o compromisso público de Mendes, no entanto, algumas vertentes serão desenroladas ao longo dos próximos meses.
Um exemplo: com a já acertada federação entre MDB e Republicanos no plano nacional, provavelmente Pivetta tenha que mudar de sigla, pois o comando dos rumos dos partidos ficará com o MDB, que possui a maior bancada nacional.
Nessa configuração, a deputada estadual Janaina Riva (MDB) teria mais força que Pivetta na definição dos rumos eleitorais para 2026. A não ser que Pivetta seja candidato nessa federação, com Janaina ocupando uma vaga ao Senado, ele teria que deixar a sigla.
