O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), se retratou por ter chamado a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) de “bosta”. A declaração polêmica foi feita na última terça-feira (19) em uma entrevista coletiva. Em um vídeo publicado neste sábado (23) em suas redes sociais, o gestor reconheceu que a palavra foi inapropriada, mas manteve as críticas à instituição. (Assista ao final).
"Não é bom eu atacar uma instituição como a UFMT chamando de bosta, não é bom. A minha opinião pessoal, a minha insatisfação, a minha lamentação, ela nem precisa ser exposta dessa forma e nem usar as palavras como eu usei", disse o prefeito.
Ele justificou o comentário afirmando que estava "chateado" com a "militância" que, segundo ele, é feita na universidade. Apesar do pedido de desculpas, Abílio criticou o que chamou de "militância política identitária da esquerda", o uso das redes sociais da UFMT para apoiar figuras como Marighella, e a falta de segurança no campus, mencionando o caso de uma mulher assassinada no local.
O prefeito também rebateu a reitora da instituição, que de acordo com ele, teria dito que ensinaria a "enfrentar a extrema direita". "Não cabe à reitora fazer esse papel, assim como não cabe a mim, na condição do prefeito, ofender a Universidade Federal", afirmou.
Desde a declaração, Abílio recebeu o repúdio de diversas entidades e políticos, e a polêmica ganhou força após ele questionar o baixo nível de educação na rede pública de ensino. O prefeito encerrou o vídeo reforçando que, apesar de tudo, é o parlamentar de direita que mais enviou emendas para a UFMT e que ama a instituição.
A origem da polêmica - A declaração polêmica na qual o prefeito Abílio classificou a UFMT como "uma bosta" ocorreu na última terça-feira (19), durante uma entrevista coletiva na Câmara de Cuiabá, no desenrolar de outra polêmica. Na qual o prefeito mostrou que alunos da rede estadual de ensino não sabiam responder uma conta matemática simples: 4x4.
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A fala do gestor escalou para uma crítica incluindo todas as esferas de ensino, incluindo as redes municipal, estadual e federal. Após a repercussão da entrevista, a fala do prefeito gerou forte repúdio de diversas entidades e políticos, e até protestos ao longo da semana.
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