O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), e o ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) trocaram farpas nas redes sociais. Abilio foi a Brasília para resolver problemas com emendas e acusou Emanuel de não prestar contas de R$ 10,1 milhões repassados pelos gabinetes do senador Jayme Campos (União Brasil), da ex-deputada federal Rosa Neide (PT) e do filho do ex-prefeito, o deputado Emanuelzinho (MDB). Pinheiro rebateu o prefeito, negando irregularidades e disse que convidou o prefeito para uma reunião, mas ele o ignorou.
"Que histórinha para boi dormir é essa de sumiço de emendas? Às vezes, fico pensando em até que ponto vai seu nível de irrespondabilidade", disparou o ex-prefeito.
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Emanuel e Abilio se encontraram em voô para a Brasília, na segunda-feira (4). O prefeito disse que estranhou a viagem de Abilio para Brasília por ele afirmar que "não precisa de recursos do governo federal" e ao ter conhecimento que a motivação eram as emendas o convidou para conversar no gabinete de Emanuelzinho.
"Vem aqui que vamos te ajudar, esclarecer e tirar todas as suas dúvidas sobre emendas", falou Emanuel.
Por meio de uma live no plenário da Câmara, Abilio compartilhou que as agendas em Brasília acabaram não acontecendo após a oposição ocupar as mesas da Câmara e Senado. Como estava no Congresso, o prefeito aproveitou para prestar apoio aos ex-colegas de plenário. O deputado federal Rodrigo Zaeli (PL), que assumiu a cadeira de Abilio no Legislativo e o acompanhava para solucionar as emendas, também aderiu à obstrução das mesas.
Emanuel usou o episódio para alfinetar o prefeito, afirmando que ele foi a Brasília para participar das manifestações em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e pelo impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. "Por mais que eu acredito que seu motivo para vir a Brasília é outro e está todo mundo vendo isso, Cuiabá sabe que pode sempre contar comigo", provocou.
Segundo Abilio, o Tribunal de Contas da União (TCU) questiona onde foram aplicadas as emendas de R$ 4,2 milhões de Jayme; de R$ 4,3 milhões de Emanuelzinho; e de R$ 1,6 milhão de Rosa Neide. O valor total é de R$ 10,1 milhão.
"Não foi identificado onde foi parar o recurso e nem qual proposta de execução foi ou será informada. Os recursos não estão nas contas de cada emenda", acusa Abilio em stories que Emanuel Pinheiro foi marcado.
"Essas emendas foram gastas em 2024 sem prestação de contas. Isso está prejudicando o recebimento de novas emendas dos deputados comprometidos com Cuiabá". continua o prefeito que disse ter judicializado os apontamentos do TCU por meio de ação da Controladoria do Município.
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