Eduardo Bolsonaro pretende intervir na prisão da deputada Carla Zambelli, que está na Itália após ser condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em entrevista à coluna, o deputado afirmou que pretende se reunir com a primeira-ministra, Giorgia Meloni, e com o vice-primeiro-ministro da Itália, Matteo Salvini, para discutir a situação da parlamentar.
Segundo Eduardo Bolsonaro, a possibilidade de contato com Salvini é maior, devido à proximidade que já tem com o político italiano.
“Nunca me encontrei com a primeira-ministra Giorgia Meloni, mas, se tiver oportunidade, obviamente gostaria de ter uma conversa com ela. O Salvini é uma pessoa mais próxima — já trabalhamos juntos em outras pautas”, disse o deputado.
Consulta à Interpol
Eduardo Bolsonaro afirmou ainda que pretende denunciar às autoridades italianas o que chama de “perseguição” contra Zambelli, condenada por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
“Ambos são de partidos do espectro mais à direita. Então, sim, pretendo buscá-los. Não sei se terei sucesso. Acho que com o Matteo Salvini, se houver agenda, é mais provável. Mas pretendo denunciar essa perseguição à deputada Carla Zambelli. Um processo muito rápido que, para mim, viola o princípio do juiz natural — ela ter sido julgada pelo Alexandre de Moraes. Certamente, se ela tivesse metido a mão nos cofres públicos e roubado os velhinhos do INSS, jamais estaria sofrendo essa prisão”, ironizou Eduardo Bolsonaro.
O deputado pretende ir à Itália quando viajar para discursar no Parlamento Europeu, a convite do eurodeputado Dominik Tarczyński. A viagem ainda não tem data definida, pois Eduardo Bolsonaro pretende consultar a Interpol para evitar uma eventual prisão ao deixar os Estados Unidos, onde reside desde fevereiro.