O economista Vivaldo Lopes disse ao HNT TV Entrevista que o tarifaço do presidente norte-americano, Donald Trump, não trará impactos imediatos a economia de Mato Grosso que está associada aos lucros do agronegócio - comercialização da soja, milho e algodão. Vivaldo explicou que os Estados Unidos não são o principal parceiro internacional de MT, que exporta cerca de R$ 30 bilhões ao ano, sendo que as transações com os americanos não ultrapassam os R$ 500 milhões anuais.
"Desses R$ 30 bilhões, são em torno de R$ 300 a R$ 500 milhões que são exportados para os EUA. O que nós exportamos para os EUA? Exportamos madeira serrada, já processada, industrializada, que vai para os EUA e vira piso de casas, vira paredes de casas, e vira alguns móveis mais rústicos lá nos EUA. Quem vai ser afetado? A indústria madeireira, especialmente naquela região de Sinop ali, que é grande, e Alta Floresta, que tem grandes indústrias madeireiras", detalhou o economista.
A carne é um dos alimentos que MT exporta aos EUA, porém, não em uma escala que deva ser sentida pela pecuária regional - representando 1,5% do que o setor vende.
Vivaldo acredita que os frigoríficos encontrem facilmente novos compradores para o uso da carne processada para hambúrguer que antes direcionada ao mercado americana. "Então não vai ser tão afetado", aposta o economista.
Embora Vivaldo Lopes seja otimista, o segmento de frigoríficos demonstra preocupação. Na última semana, a unidade da Marfrig em Várzea Grande suspendeu a produção de carne que era vendida aos EUA. O risco de demissões começou a rondar a empresa responsável, segundo a Prefeitura de Várzea Grande, pela arrecadação mensal de R$ R$ 126 milhões em ICMS aos cofres públicos.
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