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Injúria preconceituosa por gênero

Mulher reclama de cheiro de cigarro em carro de app e é espancada

Casal de mulheres saía de Taguatinga rumo ao Park Way quando motorista de aplicativo agrediu uma delas depois de discussão

Metrópoles
Foto-Dempre Supra
 

Uma câmera de segurança registrou o momento em que um motorista de aplicativo agrediu uma das passageiras durante corrida em Taguatinga, na noite de quinta-feira (10/7). O vídeo mostra o condutor saindo do carro e desferindo socos contra uma jovem de 23 anos, que caiu no chão após a agressão. A namorada dela, de 20 anos, presenciou a cena.

O caso foi registrado na 17ª Delegacia de Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) como lesão corporal e injúria preconceituosa por gênero, e a vítima agredida precisou passar por exame no Instituto Médico Legal (IML). 

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A jovem relata que ela e a namorada solicitaram um carro para ir de casa, em Taguatinga, até a residência da madrinha da vítima, no Park Way. O trajeto era para que pudessem pernoitar no imóvel dela e acompanhar o avô, que teria cirurgia no dia seguinte. Mas a corrida, que duraria poucos minutos, terminou em agressão. O condutor foi identificado apenas pelo primeiro nome, Michel (foto em destaque), e ele é procurado para prestar esclarecimentos à polícia.

Segundo as passageiras, ao entrarem no veículo, sentiram um forte cheiro de cigarro, e o motorista mantinha o ar-condicionado em potência alta com os vidros fechados, o que as incomodou. “Eu pedi pra ele diminuir o ar, porque estava muito frio”, contou a namorada da vítima. “Ela abaixou um pouco o vidro por causa do cheiro de cigarro, que estava muito forte, mas ele ficou irritado e disse que o carro era dele e que não poderíamos abrir o vidro.”

Em seguida, o motorista abriu todos os vidros e continuou discutindo, o que deixou as passageiras apreensivas. “Ele falou: ‘Então vocês querem vidro aberto? Vai todo mundo de vidro aberto’ e baixou todos os vidros do carro”, relatou a jovem. 

Ainda durante a corrida, próximo ao restaurante Mangut, elas decidiram cancelar a viagem e pediram para descer do carro. O motorista concordou e disse que ele mesmo cancelaria a corrida. No entanto, depois que as jovens saíram, perceberam que a corrida seguia ativa no aplicativo, o que impediu que solicitassem outro veículo. Elas então retornaram e bateram no vidro para pedir que o profissional encerrasse a corrida.

O motorista, no entanto, se recusou a abrir a porta e passou a ofender as duas, chamando-as de “retardada”, “burra” e dizendo que elas “não sabiam ler”. Segundo o casal, ele estaria mais irritado pelo fato de as duas serem namoradas.

Quando decidiram se afastar, o condutor saiu do veículo, foi em direção às jovens e desferiu socos na passageira de 23 anos, jogando-a no chão e quebrando o celular dela. Uma câmera de segurança de uma distribuidora próxima registrou o momento. “Quando a gente virou as costas pra sair, ele veio correndo e sentou a porrada nela”, lembrou a namorada da vítima.

O motorista ainda não foi localizado para prestar esclarecimentos ou se defender das denúncias. O espaço permanece aberto para eventuais manifestações.

O que diz a Uber

A Uber, empresa em que Michel está cadastrado, lamentou o episódio e baniu o profissional da plataforma. Leia a nota abaixo:

A Uber lamenta o ocorrido e considera inaceitável o uso de violência. Esperamos que motoristas parceiros e usuários não se envolvam em brigas ou discussões e que entrem em contato imediatamente com as autoridades policiais sempre que se sentirem ameaçados. O motorista teve a conta banida da plataforma. A Uber se coloca à disposição para colaborar com as autoridades no curso das investigações, nos termos da lei.

 

Todas as viagens na plataforma são cobertas por um seguro, que foi oferecido para a usuária. Além disso, em parceria com o MeToo, a Uber conta com um canal de suporte psicológico que também foi disponibilizado”.

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