A irrigação no Brasil ainda é pouco utilizada, mas tem crescido nos últimos anos como alternativa para superar os impactos climáticos, aumentar a produtividade e valorizar a terra. Dados da Embrapa de outubro de 2024 mostram que a área irrigada por pivôs centrais subiu de 1,92 milhão de hectares em 2022 para 2,2 milhões em 2024, um aumento de 14,58%. Apesar disso, o país possui apenas 2,6% da área irrigada mundial. No total, incluindo outros sistemas, o Brasil chega a 9,2 milhões de hectares, valor menor que de países como Irã, Paquistão, EUA, China e Índia.
Especialistas apontam grande potencial para expansão. Juan Latorre, gerente comercial sul da Lindsay, destaca que a irrigação pode aumentar a produtividade em mais de 30% e possibilitar até três safras anuais, especialmente em culturas como grãos, cana, café e hortifrutis. A engenheira agrônoma Priscila Sleutjes, da Associação Brasileira de Irrigação e Drenagem, reforça que a irrigação funciona como um seguro contra a irregularidade das chuvas e contribui para o uso racional dos recursos hídricos, evitando a abertura de novas áreas.
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“Produtores em muitos locais do país têm sofrido com a falta de regularidade e a má distribuição de chuvas, com longos períodos de estiagem, especialmente por conta das mudanças climáticas. Com isso, a irrigação se apresenta como uma oportunidade para evitar perdas de safra e até mesmo ampliar a produtividade”, destaca Juan Latorre.
Tecnologias modernas, como os pivôs centrais com sistemas de controle remoto e integração a estações meteorológicas, tornam a irrigação mais eficiente e sustentável, explica Rodrigo Bernardi, especialista da Lindsay. O uso racional da água reduz desperdícios e custos, além de aumentar a produtividade. Cristiano Trevizam, diretor comercial da Lindsay, ressalta que projetos personalizados de irrigação podem ser recuperados em cerca de três anos e ainda valorizam o preço da terra, contribuindo para o desenvolvimento econômico local e geração de empregos.
