As chuvas devem retornar a Mato Grosso na segunda quinzena de setembro, trazendo alívio para a seca que atinge o estado, segundo a EarthDaily, empresa especializada em monitoramento agrícola por satélite. Os modelos climáticos ECMWF e GFS indicam uma virada no clima, favorecendo a recomposição da umidade do solo e criando condições mais seguras para o início do plantio da soja.
Atualmente, o estado enfrenta situação crítica, com quase nenhuma chuva nas últimas semanas e níveis de umidade do solo entre os mais baixos dos últimos 30 anos. O calor extremo, com temperaturas acima de 40°C, intensifica a evapotranspiração e agrava a seca, conforme dados da EarthDaily. Felippe Reis, analista de cultura da empresa, ressalta que a chegada das chuvas seria antecipada em relação a 2024 e semelhante ao padrão de 2022, mas há divergência quanto à intensidade: o modelo europeu prevê precipitações acima da média em algumas áreas, enquanto o americano indica chuvas mais restritas.
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No curto prazo, a seca deve persistir em grande parte do país. Além de Mato Grosso, chuvas significativas são esperadas em Goiás, Minas Gerais, São Paulo e pontos do Nordeste. Nessas regiões, a umidade do solo está em níveis satisfatórios, permitindo que produtores avancem com o plantio com maior segurança.
No Paraná, o cenário é mais desigual: na região Norte, a umidade está abaixo da média e pode atingir o menor nível dos últimos 10 anos, o que pode adiar a semeadura de soja e milho de verão. Apesar das diferenças entre os modelos, ambos indicam temperaturas acima da média no Centro-Oeste, Nordeste e Sul, o que pode limitar a recuperação da umidade em áreas mais secas.