O arroz entra na safra 2025/26 sob pressão de ajustes na área plantada: previsão da Conab indica retração de 5,6%, o que sugere menor produção, mas mercado externo pode se fortalecer com menor estoque doméstico. A área total estimada para 2025/26 é de 1,66 milhão de hectares, com recuo de 5,6%. Na modalidade irrigada, a queda chega a 3,7%, e no sequeiro, pode alcançar 12,5%.  

Essa decisão reflete o cenário mais desafiador para o cultivo em regiões dependentes de chuva e custo de irrigação elevado. Mesmo com menos área, a Conab projeta produção de 11,5 milhões de toneladas, montante suficiente para abastecer o mercado interno. 

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Na terceira semana de outubro, o plantio já cobria 18,9% da área projetada — avanço de 5,5 pontos percentuais em relação à semana anterior. 
Comparado ao mesmo período da safra passada, a semeadura registra leve progresso (17,8% no ano anterior). Em termos regionais, Santa Catarina já havia semeado 72,8% de sua área, seguida por Rio Grande do Sul (18,8%) e Goiás (11,4%). 

Mesmo com menor área, projeta-se que a oferta interna de arroz se mantenha suficiente para consumo nacional. A Conab estima consumo doméstico em torno de 11 milhões de toneladas. 

No mercado internacional, há expectativa de expansão das exportações: de 1,6 milhão de toneladas no ciclo 2024/25 para 2,1 milhões em 2025/26. As importações devem se manter estáveis em 1,4 milhão de toneladas, o que indica equilíbrio comercial no setor. 
Os estoques de passagem para o período final da safra devem recuar 11,4%, estimados em 1,82 milhão de toneladas em fevereiro de 2027.

Embora essa redução represente ajuste, os níveis ainda são considerados elevados para o setor. Essa dinâmica sugere que produtores e agentes esperem valorização moderada do arroz em função do menor volume ofertado internamente.