No Dia Mundial dos Fertilizantes, especialista reforça a importância do uso eficiente de insumos para garantir produtividade, reduzir custos e promover práticas agrícolas mais sustentáveis.
O uso racional de fertilizantes está no centro das estratégias para uma agricultura mais sustentável e produtiva. Segundo Valter Assami, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Cibra Fertilizantes, a chave está na aplicação correta dos nutrientes, respeitando os chamados “4Cs” — fonte correta, dose correta, momento correto e local correto. “Trata-se de posicionar o fertilizante de forma eficiente para que ele chegue à planta no momento certo e na quantidade ideal”, explica.
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A ciência dos 4Cs
O conceito dos 4Cs visa otimizar o aproveitamento dos nutrientes e minimizar perdas no ambiente. A escolha da fonte correta garante que o fertilizante esteja adaptado à cultura, solo e ao objetivo produtivo. Já a dose correta evita tanto o desperdício quanto a deficiência nutricional. O momento correto sincroniza a aplicação com o pico de demanda da planta, enquanto o local correto assegura o contato ideal entre o nutriente e o sistema radicular ou parte aérea.
“Essa abordagem técnica reduz o risco de poluição e melhora a rentabilidade, ao evitar excessos ou subdosagens que afetam diretamente a produção”, afirma Assami.
Redução de custos com eficiência
Para Valter Assami, reduzir custos no campo não significa usar menos insumos, mas sim utilizá-los melhor. “Com um bom diagnóstico do solo e manejo adequado, conseguimos tornar o uso do fertilizante mais eficiente. É isso que reduz o custo por tonelada produzida”, destaca.
Práticas como o plantio direto, a adição de matéria orgânica e o equilíbrio dos atributos químicos, físicos e biológicos do solo são essenciais para criar um ambiente produtivo favorável. “O fertilizante só é bem aproveitado quando o solo está pronto para recebê-lo”, acrescenta.
Impactos ambientais sob controle
Além da questão econômica, o uso consciente de fertilizantes também tem papel crucial na preservação ambiental. A aplicação desordenada pode provocar contaminação de águas, emissão de gases e desequilíbrios ecológicos. Ao contrário, práticas bem orientadas aumentam a eficiência do sistema como um todo, incluindo a saúde do solo e da microbiota.
“Evitar processos erosivos, manter cobertura vegetal e alimentar o solo com matéria orgânica são atitudes que vão além da produtividade: elas protegem a base do agronegócio”, reforça o gerente da Cibra.