Cinco pessoas serão julgadas na próxima segunda-feira (2), a partir das 9h, no Plenário da 1ª Vara Criminal de Cuiabá, por envolvimento na morte do advogado Antônio Padilha de Carvalho, ocorrida em 2019.
Segundo a denúncia do Ministério Público, a vítima foi assassinada a tiros enquanto aguardava a liberação da passagem em um semáforo, no bairro Jardim Leblon.
A execução teria sido encomendada pelos ex-dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores de Movimentação de Mercadorias (SINTRAMM), Adinaor Farias da Costa e Joemir Ermenegidio Siqueira.
A motivação apontada é a tentativa de impedir que Padilha revelasse desvios de recursos e conseguisse destituir a diretoria do sindicato. Também respondem ao processo Rafael de Almeida Saraiva, apontado como intermediador do crime, e o casal Alisson Tiago de Assis Silva e Isaimara Oliveira Arcanjo Assis, por falso testemunho.
Os três primeiros réus seguem presos no Presídio da Capital. A sessão será presidida pelo juiz cooperador Lawrence Pereira Midon. A previsão é que o julgamento se estenda até terça-feira (3), ele será transmitido ao vivo pela TV.Jus, no YouTube oficial do TJMT.
Mais Júri - O julgamento do caso faz parte da força-tarefa do Programa Mais Júri, que mobiliza 10 juízes colaboradores e servidores da Central de Processamento Eletrônico (CPE).
O caso é um dos 76 processos incluídos no Programa, coordenado pelo juiz auxiliar da Corregedoria-Geral da Justiça de Mato Grosso, Jorge Alexandre Martins Ferreira. As sessões de julgamento ocorrem até 11 de julho na Capital, com apoio do Ministério Público, da Defensoria Pública e da presidência do TJMT.
A iniciativa busca reduzir o acervo de processos de crimes dolosos contra a vida, garantir a duração razoável do processo e atender aos critérios do Prêmio CNJ de Qualidade.
Balanço - Em Cuiabá, até o dia 29 de maio, foram realizados 29 julgamentos: 18 resultaram em condenações, 8 em absolvições, 2 em desclassificações e 1 em decisão mista (absolvição e condenação).