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Polícia Sábado, 31 de Maio de 2025, 17:31 - A | A

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À MÃO

Anotações em caderno revelam plano de grupo de extermínio investigado pela PF

Coronel reformado anotava “missões”, nomes de autoridades e códigos para execuções

Conteúdo Hipernotícias

Anotações feitas à mão foram fundamentais para a Polícia Federal desmantelar o grupo de extermínio “Comando 4” (Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos). Em meio a registros de rotina e mensagens religiosas, os agentes encontraram códigos sobre reuniões, “missões” e “festas”  palavras usadas para se referir a execuções.

O caderno pertencia ao coronel reformado Etevaldo Caçadini de Vargas, preso na quarta-feira (28) durante a Operação Sisamnes. Nele, constam também referências diretas a autoridades, como o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), associado às expressões “vigilância armada” e “guarda armada”. O parlamentar classificou o fato como “estarrecedor”.

Os ministros Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), também foram citados, ligados ao termo “LIVE”. Caçadini administrava grupos no WhatsApp e um canal no YouTube com conteúdo golpista, criado após os atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

Ao decretar a prisão de cinco envolvidos, o ministro Cristiano Zanin alertou sobre o “elevado potencial de letalidade” do grupo, que tinha capacidade de identificar, monitorar e atacar alvos, além de uma estrutura operacional e financeira robusta.

Das informações encontradas no caderno continham, “Reuniões”, “Missões” e “Festas” (códigos para execuções); “Vigilância armada” e “Guarda armada” associados ao nome de Rodrigo Pacheco e o Termo “LIVE” ligado aos ministros Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin Na origem da investigação, o grupo entrou no radar após o assassinato do advogado Roberto Zampieri, em dezembro de 2023, em Mato Grosso. Zampieri era investigado por intermediar venda de sentenças no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ), o que deu origem à Operação Sisamnes.

O esquema também levou ao afastamento do juiz Ivan Lúcio Amarante, da comarca de Vila Rica, e de dois desembargadores do TJMT, investigados por envolvimento no esquema de corrupção judicial.

A DEFESA

Os advogados do coronel afirmam que ele é inocente e que “nenhum elemento ilícito foi encontrado” durante as buscas realizadas.

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