O juiz Moacir Rogério Tortato, da 11ª Vara Criminal de Cuiabá Especializada da Justiça Militar, determinou que o policial militar Fábio José da Silva vá a júri popular no dia 15 de julho de 2025, pelo assassinato de Rick Nilson da Silva Almeida, morto com nove facadas durante uma festa de casamento no bairro Parque Georgia, em Cuiabá. A sentença é desta quinta-feira (5).
Segundo a denúncia do Ministério Público, o crime ocorreu em 10 de janeiro de 2021, por volta das 5h50, no Clube Social Recanto Chora Neném, durante o casamento de Alex Cristiano Souza Silva, irmão do acusado. A confusão teve início quando o convidado Ricardo Henrique Martins Lobo passou a importunar repetidamente Rayssa Miranda da Silva, insistindo para que ela dançasse com ele. Diante das recusas e da irritação da mulher, seu irmão Rodrigo Miranda da Silva e o primo Rick Nilson intervieram para tentar encerrar a situação.
A tentativa de apaziguamento gerou uma série de agressões. Rodrigo foi agredido por Alex Cristiano com um soco e depois imobilizado por uma "gravata". Neste momento, Fábio José, aproveitando-se da situação, sacou um canivete e tentou atacá-lo. Rick Nilson, para defender o primo, lançou uma cadeira contra Fábio, mas acabou sendo contido por Edivaldo Martins de Souza, que o segurou enquanto Fábio o esfaqueava. Rick foi atingido nove vezes no abdômen e morreu no local.
A investigação ainda apontou que Ricardo Henrique, ao prestar depoimento, mentiu de propósito para dificultar a apuração dos fatos, negando a importunação e afirmando que havia deixado o local com Edivaldo, o que foi desmentido por testemunhas.
Com base nos depoimentos e nas provas, o juiz decidiu pronunciar o policial por motivo fútil e us o de recurso que dificultou a defesa da vítima. Já o também policial militar, Edivaldo Martins de Souza, acusado de segurar a vítima, foi impronunciado por falta de provas suficientes.
Já o noivo, Alex Cristiano Souza Silva, autor das agressões contra Rodrigo, teve a punibilidade extinta pela demora da vítima em denunciá-lo. Já Ricardo Henrique Martins Lobo, que iniciou toda a confusão ao importunar Rayssa e é acusado de falso testemunho, teve homologado Acordo de Não-Persecução Penal.