A Justiça de Mato Grosso determinou o monitoramento eletrônico do fotógrafo Marcelo José da Silva Figueiredo, conhecido como Tchélo Figueiredo, acusado de agredir e ameaçar a ex-namorada R., uma das mulheres que o denunciaram por violência doméstica e psicológica, ao HNT em julho deste ano.
A decisão, assinada pelo juiz Marcos Terêncio Agostinho Pires nesta quinta-feira (16), estabelece o uso de tornozeleira eletrônica por 90 dias e a entrega de um botão de alerta à vítima. O magistrado também reduziu a distância mínima de aproximação de 1.000 para 500 metros, mantendo a proibição de qualquer contato entre as partes.
“Os fatos narrados revelam a necessidade de maior rigor no acompanhamento e cumprimento das restrições impostas ao requerido, a fim de resguardar a segurança da ofendida e garantir a efetividade da presente medida”, destacou o juiz na decisão.
A determinação ocorre após o fotógrafo ser acusado de descumprir medidas protetivas impostas anteriormente. Segundo boletins de ocorrência registrados pela vítima, Tchélo teria se aproximado da residência dela em duas ocasiões, contrariando a ordem judicial.
Na época, o fotógrafo negou ter violado as medidas e afirmou que sua presença nos locais foi “coincidência”, já que participava de eventos sociais. Ele também disse considerar a cobertura do caso “exagerada”.
O CASO
O nome de Tchélo Figueiredo veio a público em julho de 2025, quando cinco mulheres o acusaram de violência física e psicológica ocorrida ao longo de mais de uma década.
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Em setembro, a Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá (DEDM) concluiu o inquérito referente à denúncia de R. e indiciou o fotógrafo pelos crimes de violência psicológica, lesão corporal dolosa, injúria, ameaça e vias de fato. O caso foi encaminhado ao Poder Judiciário.