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"ARMAÇÃO INSTITUCIONAL"

Defesa de advogado nega tentativa de fuga e denuncia agressões no presídio em VG

Advogado Nauder Júnior afirma ter sido vítima de armação e agressões dentro do presídio em Várzea Grande; juiz reconheceu ilegalidade da prisão em flagrante

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A defesa do advogado Nauder Júnior Alves Andrade negou a versão divulgada pela imprensa sobre uma suposta tentativa de fuga por quatro profissionais do direito registrada na madrugada de quarta-feira (5) no Centro de Ressocialização Ahmenon Lemos Dantas, em Várzea Grande. De acordo com a defesa, por meio de nota, o episódio teria sido uma “armação institucional” contra quem vinha cobrando respeito às prerrogativas da advocacia dentro da unidade prisional.

Nauder Júnior, que foi condenado a 10 anos de prisão por tentativa de feminicídio, foi um dos quatro detentos apontados pela Polícia Penal como participantes da tentativa de fuga. De acordo com o boletim da corporação, agentes encontraram o ferrolho da grade do banho de sol danificado e materiais que indicariam o plano de fuga.

Em contraponto, a defesa afirma que nenhum dos advogados foi flagrado tentando escapar e que todos dormiam no momento em que os policiais entraram na cela. O grupo sustenta que objetos como discos de corte foram “plantados” para incriminar os presos.

A defesa ressalta que o Juiz de Direito Gabriel da Silveira Matos reconheceu a ilegalidade da prisão em flagrante durante a audiência de custódia. O magistrado decidiu relaxar a prisão por atipicidade da conduta e indeferiu o pedido de prisão preventiva por falta de provas. “O ponto central, que a imprensa convenientemente ignorou, é que o Poder Judiciário já analisou o caso e concluiu pela ilegalidade da prisão”, diz trecho da nota defesa.

LEIA MAIS: Advogados presos tentam fugir de penitenciária em VG na madrugada

A decisão judicial também determinou a transferência dos advogados da unidade, após a constatação de que Nauder Júnior sofreu agressões físicas, comprovadas por exame de corpo de delito. O juiz ainda ordenou a instauração de inquérito para investigar a conduta do diretor do presídio e dos agentes penitenciários envolvidos.

“Além da acusação forjada, Nauder relatou em juízo ter sofrido agressões físicas, empurrões, chutes e revista vexatória. As agressões não são meras alegações: elas foram oficialmente comprovadas por laudo de exame de corpo de delito, que confirmou as lesões sofridas. Diante da gravidade dos fatos e do risco evidente à integridade dos advogados, o magistrado ordenou a transferência imediata da unidade”, diz outro trecho da nota.

A defesa informou que prepara representações criminais por abuso de autoridade, fraude processual, denunciação caluniosa e tortura contra os servidores citados.

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