O procurador da Câmara de Cuiabá, Eustáquio Neto, afirmou que a Casa ainda não foi notificada sobre a decisão judicial que determinou o retorno dos vereadores Chico 2000 (PL) e Sargento Joelson (PSB). No entanto, assim que recebida a ordem judicial, ela deverá ser imediatamente cumprida, segundo determinou a presidente da Câmara, Paula Calil (PL).
Conforme Eustáquio, o retorno de Chico e Joelson ao Legislativo pode ocorrer a qualquer momento, independentemente da programação da Casa que tem sessões às terças e quintas-feiras. "Estamos apenas aguardando a notificação da decisão, mas tão logo a Câmara seja notificada, será dado cumprimento à decisão e os dois vereadores retornarão aos seus cargos", frisou.
O retorno dos titulares também impacta no orçamento do Legislativo. Durante o afastamento dos vereadores, a Câmara foi judicialmente obrigada a manter o pagamento aos eleitos e seus suplentes, que ocuparam as cadeiras vagas. Com isso, a folha de pagamento saltou de 27 para 29 vereadores e agora retorna ao contingente normal.
Joelson e Chico ficaram pouco mais de quatro meses longes dos mandatos depois de serem alvos da Operação Perfídia, que apura esquema de pagamento de propina no Legislativo cuiabano.
O retorno de ambos foi concedido em sede de habeas corpus devido ao excesso de prazo nas investigações, que ainda estão em andamento. A polícia identificou indícios de que Chico 2000 teria autorizado Joelson a negociar R$ 250 mil para articular a aprovação de projeto de lei em benefício à HB20 Construções, executora das obras do Contorno Leste.
