A presença de uma arma antidrone na área externa da Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, chamou a atenção no sábado (22/11), poucas horas após o ex-presidente Jair Bolsonaro ser preso preventivamente.
O equipamento foi registrado pelo fotojornalista Breno Esaki, do Metrópoles, no momento em que um agente retirava a arma de dentro de uma viatura oficial.
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A PF mantém, na superintendência, protocolos de defesa aérea semelhantes aos empregados em grandes eventos e em operações de alto risco.
DroneGun Tactical
O uso da tecnologia não é novo. O mesmo tipo de armamento, conhecido como DroneGun Tactical, foi acionado pela corporação durante a posse do presidente Lula, em janeiro de 2023, quando um drone que sobrevoava uma área proibida foi neutralizado.
A arma voltou a ser utilizada com intensidade neste ano, durante a COP30, em Belém (PA). A conferência internacional exigiu a montagem de um sistema robusto de defesa aérea, coordenado pela PF no Centro Integrado de Controle de Aeronaves Remotamente Pilotadas e Contramedidas (CIC-ARP/CM), com participação do Exército, da Marinha, da Força Aérea e das forças de segurança estaduais.
No evento, a corporação adotou tecnologia capaz de detectar drones a 10 km de distância e neutralizá-los quando se aproximam a cerca de 2 km de áreas sensíveis.
A barreira eletrônica foi instalada no Aeroporto Internacional de Belém, no Parque da Cidade, no Porto Miramar, no Porto de Outeiro e também acompanhou os deslocamentos da comitiva presidencial, formando uma espécie de “bolha móvel” de proteção.
Vigilância
A arma flagrada em Brasília funciona da mesma forma. O equipamento rastreia drones por frequência e ondas de rádio, intercepta o sinal de comando e assume o controle do aparelho.
Dependendo do caso, o operador pode forçar o pouso imediato ou obrigar o drone a retornar ao ponto de partida, o que permite localizar e identificar quem está pilotando.
O dispositivo pesa cerca de 7 kg, possui antenas direcionais e um painel de controle visual e sonoro para guiagem de precisão. Além de rifle antidrone, a PF também emprega jammers, aparelhos menores que bloqueiam sinais remotos e GPS.
Embora tenham alcance mais curto, esses dispositivos são úteis para impedir sobrevoos em áreas restritas e reduzir o risco de entrada de equipamentos não tripulados, tecnologia já usada em presídios paulistas para impedir que facções lancem celulares e drogas dentro de unidades prisionais.
















