Em uma escalada das tensões entre Estados Unidos e Venezuela, o governo dos Estados Unidos pretende incluir nesta segunda-feira o regime do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, na lista de organizações terroristas designados pelos EUA.
A classificação, segundo o presidente Donald Trump, daria aos EUA o poder de atacar alvos ligados a Maduro em território venezuelano.
Trump afirmou que não deve fazer isso, mas destacou que "todas as opções" estão sobre a mesa.
Já o secretário de Guerra dos EUA, Pete Hegseth, disse na semana passada que a designação "traz uma série de novas opções para os Estados Unidos".
Para o governo dos EUA, Nicolás Maduro é o chefe de uma organização criminosa chamada Cartel de los Soles, um poderoso grupo que atua no tráfico de drogas da América do Sul para os EUA, inclusive para desestabilizar a sociedade do país.
Washington acusa ainda o Cartel de los Soles de trabalhar com a gangue venezuelana Tren de Aragua, também já designada como organização terrorista estrangeira pelos Estados Unidos, no envio de drogas aos Estados Unidos.
Maduro nega a acusação e a própria existência do Cartel de los Soles, que também é contestada por especialistas.
Desde setembro, a presença militar americana foi reforçada. Os Estados Unidos enviaram oito navios de guerra, caças F-35 e o maior porta-aviões do mundo, Gerald Ford, que chegou a águas do Caribe na semana passada.
O governo Trump alega que a operação é voltada apenas a combater o narcotráfico na área.
Desde o começo da ação, as forças americanas na região realizaram pelo menos 21 ataques contra supostos barcos de narcotráfico no Caribe e no Pacífico, matando 83 pessoas.
O presidente Lula foi questionado sobre as investidas do governo norte-americano na região e um possível conflito contra a Venezuela durante coletiva de imprensa da cúpula do G20, na África do Sul, neste domingo.
Lula afirmou que se preocupa muito com o aparato militar que os Estados Unidos colocou no mar do Caribe e pretende conversar com o presidente Donald Trump sobre isso.
O presidente afirmou o Brasil tem responsabilidade na América do Sul e acrescentou que o país “faz fronteira com a Venezuela, e isso não é pouca coisa”.
















