O capitão e subsecretário de Inteligência da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Daniel Ferreira de Souza, afirmou nessa quarta-feira (5/11), durante audiência na Comissão Mista de Controle de Atividades de Inteligência (CCAI) do Senado, que a megaoperação realizada no Rio de Janeiro na semana passada, apesar dos “números impressionantes”, teve resultado “ínfimo” em relação à desarticulação do Comando Vermelho (CV).
Segundo o subsecretário, a operação foi importante simbolicamente: “Foi importante no nível simbólico, para o estado mostrar que ele é capaz de entrar em qualquer local, porque uma das bandeiras que era vendida, muito por conta da ADPF (das Favelas), é que havia locais onde não era possível o estado entrar”, avaliou o oficial.
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Daniel afirmou que essa retórica – de que o estado não conseguiria entrar em certos locais comandados pelo crime organizado – era utilizada pelo CV para atrair lideranças de outros estados.
“Então, se essa operação não vai resolver o problema, nós sabemos que não vai, ao mesmo tempo mostrou que a retórica que o Comando Vermelho usava para conseguir converter e atrair lideranças do Brasil foi subvertida e o estado entra em qualquer lugar de fato”, seguiu o capitão e subsecretário de Inteligência da PMRJ, Daniel Ferreira de Souza.
Megaoperação
- Pelo menos 121 pessoas foram mortas durante a megaoperação contra o Comando Vermelho deflagrada no dia 28 de outubro no Rio de Janeiro, sendo considerada a mais letal da história do estado.
- Entre os mortos, há quatro policiais – dois civis e dois militares.
- Cerca de 2,5 mil agentes das Forças de Segurança participaram da ofensiva.
- Segundo o governo, o objetivo da operação era desarticular a estrutura do Comando Vermelho (CV), principal facção do tráfico no estado, e apreender fuzis que a organização criminosa portava.
- 99 pessoas foram presas/apreendidas (17 por meio de mandado e outras 82 em flagrante).


















