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ASSOCIATIVISMO

Feira Municipal de Primavera completará 31 anos na próxima semana

São mais de 120 membros, entre associados e feirantes, que vendem seus produtos

VILMAR KAIZER

No próximo dia 25 de maio a Associação dos Hortigranjeiros de Primavera (APRHOLESTE) comemora 31 anos de fundação. A constituição jurídica da instituição remonta a essas três décadas, porém seu início de funcionamento é ainda mais antigo, como destaca o atual presidente da Associação e dirigente por quatro mandatos, Evandro Ferrazza.

Ele que é filho de feirantes (o pai que começou a atividade) e também possui irmã que atua na atividade, sabe da importância do trabalho realizado no segmento da Agricultura Familiar como um todo, que requer muito envolvimento e na Feira e no caso da Associação que é responsável por conduzir os destinos da feira central de Primavera do Leste.

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“Nós temos o grupo dos associados que o setor do Pequenos Produtores, que são em torno de 80 e também o dos feirantes, que são aqueles dos setores de artesanato e alimentação. O primeiro barracão pertence aos associados e para se tornar sócio é preciso seguir toda uma regra estatutária”, explica o presidente.

Já com relação aos feirantes, são em torno de 45 e participam da Feira, vendendo seus produtos, mas não se incluem no perfil de associados.

FALTA LUGAR
E independentemente de querer ser associado ou feirante, Evandro adianta que não tem bancas disponíveis atualmente, pois a demanda é grande, mas não há mais espaço, pois são 125 boxes, os quais estão completos.

“Isso dependeria de uma revisão por parte dos nossos representantes políticos para que possa ser ampliado, mas sem ser retirado daqui, pois é uma região central”, avalia o dirigente. A saída seria ampliar verticalmente, construindo um segundo piso, o que de certa forma contribuiria para ampliar o espaço, além do estacionamento, ou seja, precisa ser um projeto muito bem pensado sob todos os aspectos.

GOSTO PELO TRABALHO
Evandro Ferraza destaca que é preciso ter perfil para ser feirante, pois além de trabalhar ao longo de toda a semana, em função de cultivar e preparar os produtos, às quartas-feiras, sábados e domingos, enquanto grande parte das pessoas descansam o feirante trabalha. E eles não vêm somente de perto, dos arredores da cidade, mas são associados e feirantes de regiões como o Assentamento das Alminhas (Poxoréu) assim como Buritizal, Toca do Jacaré e serra da Tamil, bem como o Rio Café, São Gabriel, ou seja, regiões que estão a dezenas de quilômetros, no caso destes últimos a cerca de 100 km da cidade.

E a questão logística na grande maioria das vezes influencia, principalmente na presença de feirantes principalmente às quartas-feiras. “Às vezes como vem de longe, à exceção do sábado, talvez o feirante não venda o necessário para cobrir as despesas com a viagem, a exemplo do São Gabriel, que fica a cerca de cem quilômetros”, explica Evandro. E isso está relacionado diretamente à atividade, pois grande parte dos integrantes da feira retira o sustento da própria atividade.

ORGANIZAÇÃO
“Temos um grupo de diretores, que são doze no total, que trabalham de forma organizada e integrada para que todas as atividades sejam realizadas da mesma forma, mesmo que haja divergência de opiniões, destaca o presidente. Em relação às mensalidades pagas pelos membros, cada um contribui com R$ 150 reais mensais, dinheiro que é revertido para pagar aos colaboradores que são funcionários, trabalham na limpeza, secretaria e conservação, além dos demais custos que ficam em torno de R$ 15 mil por mês.

Sobre a energia, o valor do consumo é pago pela Secretaria de Agricultura do município, bem como fornecem maquinários, insumos e assistência técnica que são repassados também via políticas públicas. Alguns porteiros também são disponibilizados pelo poder público municipal.

Evandro destaca que a grande maioria das parcerias é proveniente da iniciativa privada, principalmente as cooperativas do município: reforma da praça de alimentação (Sicoob), câmara fria, uniformes e carrinhos (Primacredi), carrinhos e brinquedoteca (Sicredi), além de várias outras ações nas quais são parceiros.

MILHARES DE FREQUENTADORES
E no aspecto Cultural o presidente da Associação também credita às parcerias com o poder público para estimular e manter as Feiras, uma vez que no caso da Feira Municipal ele estima que em torno de dez mil pessoas passem pelo local todos os sábados. “E não apenas clientes e consumidores locais, pois têm pessoas que vêm de fora e procuram a feira aqui em Primavera, que realmente é diferenciada”, considera.

Sobre outros apoios o principal em relação à qualificação profissional, manejos necessários e até mesmo para a comercialização, o Senar é a principal instituição, apoiando e levando informações. “Eles têm um programa que dá assistência técnica por três anos e contribui diretamente para que todos que participem possam ter mais acesso às tecnologias, o que significa ampliar a produção e a produtividade”, finaliza Evandro Ferrazza.

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