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MAPA

Primeiro caso de gripe aviária em granja comercial do Brasil é detectado no RS

Detecção ocorreu em local em Montenegro, na Região Metropolitana

Por Pedro Trindade, g1 RS
Foto-Agraer
 

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) identificou, na quinta-feira (15), um foco de gripe aviária em uma granja comercial no Rio Grande do Sul. A detecção ocorreu no município de Montenegro, na Região Metropolitana de Porto Alegre, e foi informada na manhã desta sexta (16).

 
Conforme o governo federal, trata-se do primeiro foco de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) detectado na avicultura comercial do país. Desde 2006, ocorre a circulação do vírus, especialmente na Ásia, África e no Norte da Europa.

A Secretaria de Agricultura do RS informou que o caso foi atendido na segunda-feira (12), em um estabelecimento de reprodução. As amostras foram coletadas e encaminhadas a um laboratório em Campinas (SP), que confirmou o diagnóstico.

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Com a confirmação da doença, a área em Montenegro foi isolada as aves restantes eliminadas. A Secretaria acrescentou que será conduzida uma investigação complementar em um raio inicial de 10 km da região de identificação do foco. 

Sem transmissão pelo consumo de carne e ovos 

O Mapa alerta que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves nem de ovos. "A população brasileira e mundial pode se manter tranquila em relação à segurança dos produtos inspecionados, não havendo qualquer restrição ao seu consumo", diz comunicado da pasta.

O risco de infecções em humanos pelo vírus da gripe aviária é baixo e, em sua maioria, ocorre entre tratadores ou profissionais com contato intenso com aves infectadas (vivas ou mortas).

As autoridades sanitárias sustentam que já começaram a adotar as medidas previstas no plano nacional de contingência. O objetivo é conter a doençagarantir a segurança alimentar e evitar qualquer impacto na produção.

O governo já informou aos órgãos internacionais e parceiros comerciais do país sobre a ocorrência. 

O que é IAAP 

Conforme ficha técnica do Ministério da Agricultura, a taxa de mortalidade é alta e súbita, sem manifestação de sinais clínicos; ou doença severa, com depressão intensa e sinais respiratórios e neurológicos; cianose focos de necrose na crista e na barbela (pele que pende do pescoço), além de queda na postura e produção de ovos deformados, com casca fina ou sem pigmentação.

 

No exame após a morte, pode-se verificar edemascongestãohemorragias necrose em vários órgãos internos e pele. 

Nota da Secretaria de Agricultura do RS 

O Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA), da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), atendeu a suspeita de síndrome respiratória e nervosa de aves, no dia 12 de maio, em estabelecimento avícola de reprodução, em Montenegro. As amostras foram coletadas e encaminhadas ao Laboratório Federal de Diagnóstico Agropecuário, em Campinas (SP), que confirmou o diagnóstico de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) nesta sexta-feira (16/5).

Com a confirmação do foco, o Serviço Veterinário Oficial do RS (SVO-RS) desencadeou as ações previstas no Plano Nacional de Contingência de Influenza Aviária, com isolamento da área em Montenegro e eliminação das aves restantes, para que seja iniciado o protocolo de saneamento da granja. Será conduzida investigação complementar em raio inicial de 10 km da área de ocorrência do foco, e de possíveis vínculos com outras propriedades. A mortalidade de aves no Zoológico de Sapucaia do Sul, que está fechado para visitação, também foi atendida e a Seapi aguarda o resultado do sequenciamento.

O SVO-RS reforça que o consumo de carne de aves e ovos armazenados em casa ou em pontos de venda é seguro, já que a doença não é transmitida por meio do consumo. A população pode se manter segura, não havendo qualquer restrição ao seu consumo.

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