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CASO KETLHYN

Médico é indiciado por feminicídio em inquérito da PJC

Com o montante das penas máximas, o médico poderá cumprir até 62 anos de prisão, em regime inicialmente fechado

Conteúdo Hipernotícias

A Polícia Civil concluiu o inquérito policial que investigava a morte da adolescente Ketlhyn Vitória de Souza, de 15 anos, e indicia o médico, então namorado da vítima, ao crime de feminicídio e a outros seis associados ao fato. Com o montante das penas máximas, o médico poderá cumprir até 62 anos de prisão, em regime inicialmente fechado.

O fato aconteceu na madrugada de 3 de maio deste ano, em Guarantã do Norte (a 745 km de Cuiabá).   Conforme a linha do tempo levantada pela investigação, a dinâmica dos crimes aconteceu em um intervalo de 33 minutos. Inicialmente, às 00h55, o casal deixa um bar, localizado no centro da cidade. Dois minutos depois, o veículo, que até o momento é conduzido pelo médico, trafega pela Avenida José Nelson Coutinho. No minuto seguinte, entra na Avenida Guarantã, instante em que a vítima é colada no colo do médico e assume a direção do automóvel, quando acontece o disparo dentro do carro.  

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Diante do ocorrido, às 01h01, o veículo entra na Avenida Dante Martins de Oliveira, em alta velocidade, sentido ao hospital. O veículo chega às 01h02 e, no intervalo que vai até as 1h28, é declarado o óbito da vítima. Então, a administração aciona a Polícia Militar, que chega ao local em três minutos, às 1h31.  

Conforme o delegado Waner Neves, que presidiu o inquérito, em razão da conduta do médico, culminou nos seguintes indiciamentos: feminicídio, dano ao patrimônio público, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, disparo de arma de fogo, dirigir veículo sob a influência de álcool, entregar veículo automotor a pessoa não habilitada e servir bebida alcoólica à adolescente.  

De acordo com a investigação, o médico adquiriu a arma usada no homicídio em 2022. Entre os meses de outubro e novembro de 2024, foi apresentado a Ketlhyn pela irmã dela. Em 03 de janeiro de 2025, iniciam uma união estável.  

Três meses depois, a adolescente chegou a ser levada pelo namorado ao hospital por conta de sangramento no nariz. À época, foi atendida por ele próprio, que teria prescrito alguns medicamentos e afirmando o sangramento não seria proveniente de qualquer agressão.  

A investigação apurou ainda que, a arma foi adquirida de forma ilegal e que, uma semana antes à morte de Ketlhyn, o médico teria efetuado disparos a esmo com a arma, na cidade de Guarantã.  

PRISÃO PREVENTIVA

A prisão preventiva do médico ocorreu dois dias após o crime, em 5 de maio de 2025. No interrogatório, o suspeito confessou ter sido o autor do disparo que atingiu a cabeça da adolescente, mas que teria sido de forma acidental, pois acreditava que arma esta desmuniciada. O médico narrou como teria ocorrido o crime, e que prestou socorro imediato à vítima, levando ao hospital.  

No local, conforme consta em boletim de ocorrência, ele chegou a acompanhar todo o procedimento de tentativa de salvar a vida da adolescente. Quando houve a declaração do óbito, entrou em surto e danificou parte da unidade hospitalar.  

O CRIME

Na madrugada de sábado (3), por volta das 2h da manhã, a Polícia Militar foi acionada a comparecer a um hospital na cidade de Guarantã do Norte, onde havia registro de entrada de uma adolescente, de 15 anos de idade, vítima de disparo de arma de fogo na cabeça.   A adolescente foi socorrida até o hospital pelo namorado, que é médico na cidade. Um funcionário do hospital chegou a informar que ele chegou visivelmente abalado, pedindo para que salvassem a menina dele, que não saberia viver sem ela.  

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