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Suspensão imediata

Cúpula da Câmara apresenta projeto para punir quem impedir fisicamente funcionamento da Casa

Medida foi tomada após parlamentares da oposição ocuparem plenários da Câmara e do Senado para protestar contra prisão domiciliar de Jair Bolsonaro e exigir anistia

Por Luiz Felipe Barbiéri, Marcela Carvalho, Kevin Lima, g1 — Brasília
Foto-Poder 360
 

A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados apresentou nesta terça-feira (19) um projeto de resolução que altera o regimento interno da Casa para punir deputados que impedirem o funcionamento das atividades legislativas.

 

Hugo Motta retoma controle da Mesa Diretora da Câmara após ocupação de deputados da oposição — Foto: Reuters/Mateus Banomi 

Suspensão imediata 

O projeto permitirá à Mesa Diretora aplicar a suspensão imediata ao deputado que utilizar a obstrução física para impedir a abertura da sessão no plenário e outros trabalhos na Casa.

Posteriormente o caso deverá ser enviado ao Conselho de Ética para análise.

Segundo o regimento interno, atualmente a Mesa não possui poder de suspender um parlamentar. É necessário enviar uma representação para o colegiado, responsável por analisar a conduta dos parlamentares. 

“Os recentes e graves episódios de ocupação da Mesa do Plenário desta Casa, assim como de confrontos físicos entre parlamentares são manifestamente incompatíveis com a dignidade do mandato e com os próprios fundamentos do Estado Democrático de Direito”, afirmou a Mesa na justificativa para o projeto. 

O projeto acrescenta dispositivos ao Código de Ética Parlamentar para deixar explícito que atenta contra o decoro parlamentar quem: 

  • praticar ofensas morais nas dependências da Câmara dos Deputados ou desacatar, por atos ou palavras, outro parlamentar, a Mesa ou Comissão, ou os respectivos Presidentes;
  • praticar agressão física nas dependências da Câmara dos Deputados;
  • impedir ou obstaculizar, por ação física ou por qualquer outro meio que extrapole os limites do exercício regular das prerrogativas regimentais, o funcionamento das atividades legislativas. 

A cúpula da Câmara afirma que o projeto busca “assegurar a ordem, garantir a continuidade dos trabalhos e preservar a integridade do processo legislativo.” 

“Tais atos não apenas paralisam a atividade legislativa, mas também erodem a imagem e a autoridade desta Casa perante a sociedade”, complementa.

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