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Amazônia tem o dobro da área

Queimadas no Cerrado são quase o dobro da Amazônia em 2025

Cerrado teve 17.326 queimadas, enquanto Amazônia 9.184 de 1º de janeiro deste ano até o domingo (17/8)

 

Metrópoles 
Foto-G1-Globo

Neste ano, o Cerrado já concentra quase o dobro de queimadas em relação à Amazônia. O número de queimadas no Cerrado é quase o dobro dos registros do tipo na Amazônia neste ano. De 1º de janeiro até o último domingo (17/8), foram 17.326 focos de calor no primeiro bioma, contra 9.184 no segundo. 

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A comparação ganha peso porque a Amazônia tem praticamente o dobro da área. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), compilados pelo Metrópoles na plataforma da instituição.

Destaques

  • A Amazônia possui 4.196.943 km² e o Cerrado: 2.036.448 km². Mesmo assim, há menos queimadas no Cerrado até o momento.
  • Em todo o Brasil, a redução nas queimadas é de 58%. Pantanal é o bioma com maior diminuição nos focos de calor.
  • Ministra Marina Silva elevou o grau de preocupação em relação à ocorrência do fogo, que passou a ser fator determinante no desmatamento.

Até o momento, ambos os biomas registram redução nas queimadas em relação ao mesmo período de 2024. A queda é mais expressiva na Amazônia, onde os focos de calor diminuíram 77%, enquanto no Cerrado a retração foi de 34%.

No Brasil como um todo, a redução no número de incêndios em vegetação é de 58%. No entanto, o grande destaque até agora vai para o Pantanal, onde houve redução de 98% nestas ocorrências. Veja os números:

 

Ainda é cedo para afirmar se o comportamento do uso do fogo nos biomas vai prosseguir até o fim do ano. O motivo é que estamos entrando na época mais crítica da ocorrência das queimadas, que contempla os meses de agosto, setembro e outubro. Os três meses respondem, em média, por 70% do total de focos de calor anualmente na Amazônia e no Cerrado.

Coordenadora do MapBiomas Fogo, Ane Alencar considera que as queimadas na Amazônia e no Cerrado estão associadas ao comportamento das chuvas e ao arrocho na fiscalização por parte do governo federal. 

“A gente não pode deixar de mencionar, e o que normalmente acontece é que, depois de um ano muito catastrófico, as pessoas acabam também ficando um pouco mais cuidadosas com o uso do fogo”, diz Alencar.

Futuro

A especialista diz ser difícil prever o que vai acontecer nos próximos meses, no entanto, ressalta a importância do impacto da temperatura das águas do Oceano Pacífico Equatorial, determinantes para a ocorrência de El Niño ou La Niña. 

“Alguns fenômenos que impactam a Amazônia, como o El Niño, a La Niña, enfim, agora estão na neutralidade. A gente não sabe se vem outro El Niño ou não, está meio incerto”, destaca Anne.

O El Niño, que é quando a temperatura das águas do Oceano Pacífico Equatorial se elevam, tende a reduzir as precipitações na região amazônica. A La Niña faz o contrário disto.

Aumento na preocupação

O uso do fogo assumiu um novo grau de preocupação para ambientalistas e autoridades. Na última quinta-feira (14/8), a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou que as queimadas estão destruindo mais vegetação do que a derrubada proposital da floresta.

“Pela primeira vez na história do Brasil, o desmatamento por queimadas foi maior do que o desmatamento por corte raso. O que significa isso? Isso significa que a mudança do clima já é uma realidade avassaladora, que a floresta está perdendo umidade e que os incêndios agora assumem uma dimensão que a gente pode ter no Brasil o que a gente tem em outras regiões do planeta”, disse a ministra.

 

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