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'transição ordenada e pacífica'

Corina Machado afirma que Maduro deixará o poder seja pacificamente ou não

Apesar disso, ela defendeu estar focada em uma 'transição ordenada e pacífica'.

Administração

Por 
Redação CBN

 

 
 

A líder da oposição da Venezuela, María Corina Machado, continua realizando agendas em Oslo, na Noruega, nesta sexta-feira (12) após receber o prêmio Nobel da Paz e conseguir sair do país de barco em uma travessia de mais de um dia.

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Em uma declaração à imprensa, ela afirmou que o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, deixará o poder 'seja negociado ou não'. Apesar disso, ela defendeu estar focada em uma 'transição ordenada e pacífica'. 

'A transição está chegando e estamos focados em uma transição ordenada e pacífica'. 

Machado foi impedida de concorrer à eleição presidencial do ano passado, apesar de ter vencido as primárias da oposição com uma vitória esmagadora. Ela entrou na clandestinidade desde então, com as autoridades da Venezuela ampliando prisões contra a oposição.

Nessa quinta-feira (11), María afirmou que retornará para a Venezuela 'com ou sem o regime' de Nicolás Maduro.

Ao responder questionamento dos jornalistas, disse que existem duas possibilidades para quando ela voltar. 

'Mas se ainda estiver no poder, certamente estarei com o meu povo. E eles não saberão onde estou. Temos maneiras de garantir isso, de cuidar de nós'. 
María Corina Machado fala com apoiadores em sacada após chegar em Oslo para receber Nobel da Paz. — Foto: AFP

María Corina Machado fala com apoiadores em sacada após chegar em Oslo para receber Nobel da Paz. — Foto: AFP

Além disso, ela revelou que há planos já esquematizados e debatidos para a Venezuela após uma eventual saída de Nicolás Maduro do cargo. Segundo Corina, existe um trabalho feito 'arduamente não só com o governo dos Estados Unidos, mas também com outros governos da América Latina e da Europa'.

A líder da oposição comenta que existe uma preparação para as primeiras 100 horas e os próximos dias 100 dias. 

'Quero destacar que profissionais muito talentosos, experientes e honestos, tanto da Venezuela quanto do exterior, estão trabalhando juntos e que temos os planos e as equipes prontos para assumir o controle desde o primeiro dia'. 

Na mesma entrevista, ela revelou que recebeu ajuda do governo dos Estados Unidos para deixar o país rumo a Oslo, na Noruega, para receber o prêmio Nobel da Paz. 

'Não posso dar detalhes porque pessoas poderiam ser prejudicadas. O regime tentou fazer de tudo para impedir que eu viesse. Eles não sabiam onde eu estava na Venezuela. Era difícil me deterem. E sim, eu recebi ajuda do governo dos EUA', contou. 

A afirmação foi feita durante uma coletiva de imprensa. Na mesma conversa com jornalistas, ela comentou que pretende levar o prêmio para a Venezuela. 

'Meu dever era vir receber este prêmio para levá-lo de volta. Voltarei à Venezuela em breve. Vamos mostrar ao mundo que toda esta geração entrará para a história'. 

O governo de Nicolás Maduro alertou que ela seria considerada uma 'fugitiva' pelas autoridades caso deixasse a Venezuela.

O jornal The Wall Street Journal publicou uma reportagem em que traz alguns detalhes dessa fuga, que teve ajuda de duas pessoas. Inicialmente, ela precisava chegar até uma vila de pescadores na costa venezuelana.

Durante 10 horas, Machado conseguiu escapar por 10 postos de controle militar, evitando a captura em todas as ocasiões. Ela chegou na costa por volta de 0h.

Segundo uma fonte relatou ao jornal, ela descansou por algumas horas antes de uma travessia pelo mar do Caribe até Curaçao. A fuga foi avisada aos Estados Unidos, que já atacou mais de 20 embarcações similares na costa venezuelana. O objetivo era evitar justamente um bombardeio. 

'Nós combinamos que ela sairia por uma área específica para que eles não explodissem o barco', afirmou uma pessoa próxima à operação. 

O governo Trump tinha conhecimento da operação, mas não há certeza sobre um maior envolvimento na saída.

Apesar disso, quase simultaneamente à travessia, dois caças F-18 da Marinha dos EUA sobrevoaram o Golfo da Venezuela e permaneceram por cerca de 40 minutos voando em círculos fechados perto da rota que ligaria a costa a Curaçao. Não há confirmação se essa ação foi para ajudar na fuga.

María Corina Machado foi recebida por um empreiteiro particular especializado em extrações. Exausta pela longa viagem, ela se hospedou em um hotel e passou a noite. Contou com a ajuda de um jato oferecido por um por um associado de Miami para ir diretamente até Oslo. 

Sua fuga foi mantida em segredo absoluto, com o Instituto Nobel tendo declarado à imprensa norueguesa que desconhecia seu paradeiro no início da cerimônia de entrega do prêmio em Oslo. Jørgen Watne Frydnes, presidente do comitê norueguês do Nobel, afirmou na cerimônia que ela havia passado por 'uma jornada em situação de extremo perigo'.

Nicolás Maduro e Donald Trump. — Foto: AFP

Nicolás Maduro e Donald Trump. — Foto: AFP

 

O Mundo em Três Minutos
 

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