O índice está no maior patamar em quase duas décadas. A Selic alcançou 15,25% ao ano em 2006, durante o primeiro mandato do presidente Lula.
"O Comitê tem acompanhado, com particular atenção, os anúncios referentes à imposição pelos EUA de tarifas comerciais ao Brasil, reforçando a postura de cautela em cenário de maior incerteza. Além disso, segue acompanhando como os desenvolvimentos da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros", diz o comunicado divulgado pelo BC.
A decisão era esperada pelo mercado, já que, na reunião de junho, quando elevou a Selic a 15% ao ano, o Comitê sinalizou que faria pausa no aperto monetário para examinar os impactos acumulados do ajuste. O mercado, agora, acompanha de perto os próximos indicadores econômicos para saber quando o BC pode, de fato, começar a reduzir os juros.
Mais cedo, o presidente Donald Trump assinou o decreto que impõe uma tarifa de 50% aos produtos brasileiros. A medida foi anunciada como uma resposta a ações do governo Lula que, segundo a Casa Branca, representam uma ameaça “incomum e extraordinária” à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos.
Por outro lado, o governo dos Estados Unidos decidiu deixar vários itens de fora do tarifaço e ainda adiou o início da medida em seis dias, previsto agora para o dia 6 de agosto.
Ainda nesta quarta, o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos EUA, decidiu pela manutenção dos juros na faixa de 4,25% a 4,5% ao ano.