A audiência sobre a extradição da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) desta quinta-feira (4) terminou sem decisão e foi transferida para o dia 18. A justificativa é que a Justiça italiana quer garantias do governo brasileiro sobre condições carcerárias adequadas para a parlamentar. Zambelli está presa em Roma desde julho e esse já é o segundo adiamento.
O Ministério Público da Itália já se manifestou favorável à extradição e rejeitou a alegação da defesa que a parlamentar seja alvo de perseguição política.
Conforme o advogado Fábio Pagnozzi, foram apresentadas novas provas, incluindo o parecer do deputado Diego Garcia (Republicanos-PR), relator do processo de cassação de Zambelli, que votou por manter o mandato dela, afirmando não ter certeza se ela ordenou o ataque ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), crime pelo qual foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão.
"Esse parecer é muito importante e mostra que ela não merece ser cassada devido à falta de provas para basear sua condenação. Mostramos que existe um julgamento imparcial", disse à reportagem.
Além do caso do CNJ, o STF também condenou a deputada a 5 anos de prisão por posse ilegal de arma, no episódio em que perseguiu armada um opositor.
No âmbito político, presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Paulo Azi (União Brasil-BA), concedeu vista na última terça-feira e adiou a votação do processo de perda de mandato da deputada. Com isso, o parecer deverá se dar apreciado na próxima quarta-feira (11).
