Desde a última sexta-feira, 16, o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) intensificou, as ações de fiscalização sanitária e monitoramento a fim de impedir que a gripe aviária (influenza aviária) ingresse em planteis comerciais de aves ou em propriedades rurais com avicultura de subsistência em Mato Grosso.
A Unidade Local de Execução do Instituto em Primavera do Leste e Santo Antônio do Leste, assim como as demais do estado, realiza um trabalho periódico de acompanhamento e fiscalização em todos os segmentos sanitários tanto animal quanto e vegetal.
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No caso específico de Primavera, 3º maior produtor de ovos do Brasil, por meio da Unidade da Mantiqueira, o trabalho é o mesmo desenvolvido em outras regiões do estado e do país: fiscalização, monitoramento e prevenção.
SUBSISTÊNCIA E COMERCIAL
O médico veterinário Fernando Luchesi Sandrini, responsável pela Unidade explica que existe uma regra na legislação: pessoas que produzam acima de mil aves são obrigados a ter um registro, uma vez que a atividade não é considerada mais de subsistência, mas sim comercial.
“Esses produtores precisam adotar medidas de biossegurança, as aves estarem fechadas ou em espaço delimitado. Além disso é preciso um responsável técnico para dar orientações sanitárias, bem como controle específico de entrada de pessoas e produtos naquele local”, frisa.
Abaixo de mil aves a classificação é de subsistência e a única obrigatoriedade é estar cadastrado no Indea, seja produtor de aves, bovinos ou suínos. Neste caso, em Primavera do Leste a única empresa que se encaixa na característica comercial e tecnificada é a granja Mantiqueira.
FISCALIZAÇÃO ATENTA
Sob este aspecto, neste ano os fiscais do Instituto já haviam feito diversos monitoramentos preventivos para verificar se o vírus circulou pela região (semelhante ao exame PCR do Covid), para verificar a sorologia das aves, no caso de gripe aviária e Swab nasal de traqueia e cloaca para identificação de Influenza e New Castle.
“E até hoje, nos monitoramentos realizados, todos foram negativos para Influenza na região do Mato Grosso”, explica o veterinário.
Além disso é feito um sorteio por amostragem todos os meses, mantendo vigilância em média cerca de cinco propriedades por mês, distribuído conforme padrões de risco, para receber a visita do profissional, fazendo uma espécie de vigilância ativa, na certeza de que não há perigo de aves infectadas.
Também são feitas visitas de certificação, que confirmam as medidas de segurança, telas, ausência de dejetos de ração acumulada, controle de roedores que também são transmissores de doença.
“Nós visitamos apenas para certificar que tudo está sendo feito, até mesmo porque o interesse principal é o da própria empresa em respeitar todas as exigências”, completa o representante do Indea.
E ele destaca que, quando há suspeita, mesmo em criações de subsistência é indispensável comunicar ao Indea. Sobre a ocorrência ou incidência de mortandade ele alerta que é preciso observar se é baixa ou alta, pois existem casos isolados ‘de rebanho’ e aqueles em que é preciso considerar com maior gravidade.
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