O padre José Adeilton da Silva, que passou mais de 30 horas preso ao telhado de casa em Pilar, em Alagoas, disse que tentava conter um vazamento quando a telha cedeu. Ele caiu da estrutura e ficou preso, sem conseguir pedir ajuda. Pessoas próximas chegaram a abrir um boletim de ocorrência de desaparecimento durante o período. As informações são do g1.

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— Estava colocando uma manta na casa para consertar esse vazamento. Quando coloquei o pé direito na telha, ela cedeu e eu caí. Fiquei com a cabeça do lado de fora e o corpo preso na parte de dentro da casa. Tentei pedir ajuda, levantei as mãos com o chapéu, mas não foi possível. Acordei no sábado, tentei gritar, mas ninguém apareceu — contou José Adeilton.

Durante as horas que passou preso ao telhado, o padre conta que muitas vezes se sentiu fraco.

— Dormi entre o telhado e a laje, enfrentei pancada de chuva e de sol. Eu consegui me amparar rezando e descansando a perna na tentativa de encontrar força para me levantar. Foi passando o tempo e fui ficando mais fraco — disse.

A última vez em que foi visto tinha sido na sexta-feira (23), em Arapiraca, após celebrar uma missa. O padre foi resgatado por volta das 19h do sábado (24) com sinais de desidratação. Agora, ele precisará passar por cirurgia devido a uma torsão no tornozelo.

— Estou me recuperando, na medida do possível. Estou na casa dos meus pais, em Coruripe, aguardando uma resposta do médico ortopedista. Acredito que essa semana faço a cirurgia do pé — conta.

Veja fotos do padre

 

 

 

Mobilização após desaparecimento

José Adeilton da Silva tem 40 anos e há mais de dez foi ordenado padre. Ele é administrador da Paróquia São Luiz Gonzaga, na cidade de Arapiraca.

Na noite de sábado (24), a Diocese de Penedo informou, nas redes sociais, o desaparecimento do padre após ele não comparecer aos compromissos da paróquia. Um boletim de ocorrência foi registrado informando o desaparecimento e, a partir daí, as buscas começaram.

Em carta publicada nas redes sociais, o padre José Adeilton agradeceu a preocupação de todos os profissionais que se empenharam para que ele fosse encontrado e para cuidar da saúde dele.

“Percebi uma movimentação nas redes sociais. Um ímpeto para que as pessoas se mobilizassem, e a igreja em oração, ligações. As autoridades competentes, como polícia civil e militar, me buscando. Para que encontrar um olhar mais objetivo da solução. Agradeço às policias Civil e Militar, como os profissionais de saúde que me acompanharam”, afirmou a nota.

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