Pauta-bomba, peregrinação de Jorge Messias em busca de apoio ao STF (Supremo Tribunal Federal), derrubada de vetos na lei do licenciamento ambiental e cerimônia de sanção da nova faixa de isenção do Imposto de Renda esvaziada: a semana foi marcada por uma série de fatos que demonstraram uma relação conturbada do governo Luiz Inácio Lula da Silva e congressistas.
A tensão se instalou após o presidente anunciar a indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, para a vaga aberta no Supremo. Desde então, decisões na Câmara e no Senado revelaram um ambiente de maior resistência ao governo.
Pauta-bomba no Senado e articulação contra Messias
Poucos momentos após a indicação, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), anunciou que colocaria em votação um projeto que permite aposentadoria diferenciada para os agentes comunitários de saúde e os agentes de combate a endemias de todo o país, uma “pauta-bomba” para as contas do governo, com impacto estimado em R$ 30 bilhões no Orçamento.
O texto foi aprovado sem nenhum voto contrário, num movimento interpretado internamente por parlamentares como recado político ao Planalto.
O Ministério da Fazenda precisou admitir a necessidade de adequar o valor nas contas públicas do ano que vem por causa da proposta.
















