O presidente do PP em Mato Grosso e deputado estadual, Paulo Araújo, afirmou que a federação União Progressista (UP) avalia distribuir os candidatos à Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados em partidos da base do governo para aumentar as chances de fazer cadeiras nas Casas de Leis. Segundo ele, a medida passou a ser considerada após decisão do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), vedar a ampliação das bancadas em Brasília e nas Assembleias Legislativas pelo país.
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"Ontem, tivemos a notícia muito ruim para Mato Grosso, aliás, péssima. Praticamente vedou o aumento do número de vagas de deputado estadual. Com isso, o planejamento hoje é fazer a distribuição dos deputados nos partidos aliados na base de sustentação do governo", falou Paulo Araújo à Vila Real nesta terça-feira (30).
Antes da decisão de Luiz Fux, Araújo já estudava deixar o PP para o PRD. Ele abandonaria a presidência do partido que deve ficar sobre o comando do ex-senador Cidinho (PP), grande articulador político do grupo do governador Mauro Mendes (União Brasil), cotado, inclusive, para assumir o posto de vice na chapa de Otaviano Pivetta (Republicanos) em 2026.
A distribuição dos candidatos é uma forma de garantir a maioria do plenário. Atualmente, a federação UP tem cinco parlamentares na AL, sendo quatro do União Brasil e um do PP. A meta, de acordo com Paulo Araújo, é de pelo menos manter o número na Assembleia. O desafio dos partidos é eleger mais deputados federais, já que apenas o União Brasil tem mandatos em Brasília, com dois parlamentares.
A composição de chapas é um agravante para o grupo. Devido à nova legislação eleitoral vigente, Paulo Araújo acredita que parte dos nomes interessados em concorrer irão recuar.
"Na atual situação eu acredito que hoje o partido pra fazer quatro ou cinco pela regra eleitoral que vai fazer no ano que vem dificilmente vai conseguir bater essa meta. Há expectativa real sim, de nós, inclusive, eu deixar o partido e o PRD é um dos partidos", finalizou Paulo.
