O MBL anunciou o rompimento com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) — e saiu atirando. O presidente Renan dos Santos disse à coluna que Tarcísio faz um governo “convencional” e “patrimonialista” (quando o político mistura interesses públicos e privados).
“Tarcísio se aproxima cada vez mais do patrimonialismo de Ciro Nogueira, seu provável vice, e se distancia dos princípios que geraram nossa aproximação”, afirmou o dirigente do MBL.
Presidente do PP, o senador Ciro Nogueira lidera, junto ao União Brasil, a maior força de direita atualmente no país. Em entrevista ao Contexto Metrópoles, o senador disse que o governador é “imbatível” nas eleições presidenciais de 2026.
O MBL ocupava a vice-liderança do governo Tarcísio na Assembleia Legislativa, representado pelo deputado estadual Guto Zacarias (União Brasil). Ele entregou o posto, acusando Tarcísio de contribuir para “aumentar a mamata para quem ganha R$ 40 mil”. “Eu não quero mais privilégio para o Judiciário”, disse o deputado.
As três razões para o desembarque do MBL do governo Tarcísio:
Aumento de salário dos procuradores paulistas, que já ganham R$ 40 mil
Criação de 1.300 novos cargos no TJ, com impacto de R$ 20 milhões por mês
Aprovação de 130 novos cargos para a Defensoria Pública de SP, que custarão R$ 305 milhões até 2027