Parlamentares governistas vão trabalhar para blindar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que vai apurar, no Congresso Nacional, as fraudes no INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social).
O foco do trabalho da base aliada ao petista será evitar que o colegiado sirva de “palanque” para a oposição e os trabalhos tornem-se “explosivos” e próximos a um “circo”, como relatou ao R7 uma fonte próxima a Lula.
O movimento do governo ocorre após o revés no Legislativo. Embora não admitam que houve derrota, interlocutores do petista ouvidos em reservado reconhecem que a articulação política do Planalto falhou.
Após o revés, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, chegou a convocar uma reunião de emergência com líderes da base para entender os motivos da perda.
Randolfe assume a culpa
Publicamente, aliados de Lula no Legislativo reconheceram que o Executivo calculou errado o movimento da oposição. Nessa quarta-feira (20), depois do resultado, o líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), admitiu que teve culpa na derrota. Além disso, que seu cargo sempre esteve à disposição de Lula.
“O resultado foi desagradável. Assumo a minha culpa, máxima culpa. Responsabilidades minhas não terceirizo e assumo”, declarou, ao ressaltar que o cargo está à disposição de Lula.