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LEI 14.164/2021

Maysa diz que escolas estão falhando na base do combate à violência contra mulheres

De acordo com dados oficiais, Mato Grosso fechou o ano de 2024 com 47 feminicídios — quase um caso por semana

Conteúdo Hipernotícias
Da Redação

Em meio a uma nova sequência de feminicídios em Mato Grosso, a vereadora Maysa Leão (Republicanos) cobrou a aplicação imediata da Lei 14.164/2021, que determina a inclusão do conteúdo da Lei Maria da Penha no currículo escolar. Segundo ela, enquanto o debate sobre violência de gênero se restringe ao endurecimento de penas — medida que depende da União —, Estados e municípios continuam falhando nas ações preventivas.

“Quando um feminicídio acontece, todo mundo fala ‘precisamos de leis mais duras’, e eu concordo. Mas isso é competência federal. O que o município pode fazer, e não está fazendo, é oferecer caminhos para essa mulher sair do ciclo de violência”, afirmou Maysa, em entrevista nesta terça-feira (18).

De acordo com dados oficiais, Mato Grosso fechou o ano de 2024 com 47 feminicídios — quase um caso por semana. Já em 2025, foram pelo menos seis casos nos dois primeiros meses, conforme registros do Conselho Nacional de Justiça. A tendência é que o ritmo se mantenha, colocando o estado novamente entre os líderes em violência letal contra mulheres no país.

Para a vereadora, a rede de apoio ainda é frágil. Ela mencionou a necessidade de ampliar o número de casas de amparo, de garantir o auxílio aluguel não só para órfãos do feminicídio, mas também para vítimas em fuga, e reforçar políticas como o SER Família Mulher, que atualmente oferece R$ 250 às vítimas.

“Hoje, a Delegacia da Mulher só funciona de segunda a sexta, das 8h às 18h. À noite e nos fins de semana, é o plantão geral que atende, e muitas vezes são homens, em um momento em que a mulher está fragilizada”, criticou.

Ela defendeu ainda o fortalecimento da Patrulha Maria da Penha, do Ciosp, e medidas que assegurem o acompanhamento da vítima após o registro da denúncia — momento em que muitas voltam para o mesmo lar agressor por falta de alternativa.

Mas, para além do acolhimento emergencial, Maysa reforça que o combate à violência precisa começar antes. “Nossas escolas não estão ensinando. Se a gente não ensinar o que é paz, o que é respeito, crianças que cresceram em lares violentos vão se tornar adultos violentos”, concluiu.

 

 

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