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Redação-Terra
Segundo o jornalista investigativo peruano Jaime Bayly e a emissora NTN24, o governo da Nicarágua, liderado por Daniel Ortega, estaria pronto para oferecer abrigo a Maduro, sua esposa Cilia Flores e seus filhos, caso ocorra um colapso político em Caracas.
Bayly afirmou que o avião presidencial venezuelano, um Boeing 737 da estatal Conviasa, decolou recentemente de Maiquetía com destino a Manágua, capital da Nicarágua. O movimento foi confirmado por registros do FlightRadar24, que apontaram o voo de um Airbus A340, matrícula YV1004, também operado pela companhia estatal. A aeronave é frequentemente usada por Maduro e pelo ministro do Interior, Diosdado Cabello.
Ainda de acordo com a NTN24, o mesmo avião já havia feito a rota entre a Venezuela e a Nicarágua em 15 de agosto. Em outra ocasião, desviou para Havana antes de retornar a Caracas. Esses deslocamentos aumentaram as especulações sobre os planos de fuga.
Bayly, que mora em Miami, relatou em vídeo que o avião teria transportado grandes quantidades de dinheiro e barras de ouro. Segundo o jornalista, Maduro estaria transferindo parte de sua fortuna para Manágua, reforçando a hipótese de que prepara uma saída emergencial do país.
As informações, no entanto, não foram confirmadas oficialmente por Caracas ou Manágua. Tanto o governo venezuelano quanto o nicaraguense mantêm silêncio sobre o assunto.
O envio de novos navios de guerra dos Estados Unidos para a região, anunciado por Trump na última terça-feira, 26 de agosto, pressiona ainda mais o regime chavista.
A denúncia amplia as especulações sobre os bastidores do regime, que enfrenta uma crise econômica sem precedentes, agravada por sanções impostas pelos Estados Unidos e pela União Europeia.
Nos últimos anos, Maduro se manteve no cargo graças ao apoio de setores militares e de aliados externos, como Rússia, China, Cuba e a própria Nicarágua. Ainda assim, a pressão internacional tem aumentado, e a possibilidade de uma ruptura interna não é descartada por observadores.
A hipótese de uma fuga para Manágua, ainda que não confirmada oficialmente, evidencia a fragilidade do regime chavista. Caso se concretize, marcaria não apenas a queda de um dos líderes mais polêmicos da América Latina, mas também o fortalecimento do eixo político entre Caracas e Manágua, com Ortega assumindo o papel de protetor de um aliado histórico.