O analista político João Edisom disse ao HNT TV Entrevista que acredita que a nova leva de políticos estão mais "apegados" as redes sociais por carência. Contrapondo, os perfis dos gestores eleitos antes do advento da internet, João ressaltou que os políticos eram mais focados em vencer as eleições para começar a trabalhar. No entanto, segundo ele, os recentes têm a necessidade de continuar no centro das atenções e as redes sociais é a forma mais eficiente que encontraram de construir essa conexão.
João Edisom explicou que a campanha é um processo desgastante, que exige muita disposição dos candidatos, principalmente, para interagir com o público. E, que, por mais desconhecido que seja, o candidato se torna uma espécie de 'celebridade' nas ruas.
"É um negócio doido. O candidato pode ser ninguém, mas o fato de ser candidato vira o centro de tudo, é abraço, beijo, carinho ... mas quando vai ao gabinete, não tem mais tempo de conversar com ninguém. Me parece que esse nova leva que se apegou muito a rede sociais, ele quer continuar com esse afeto e aquele afeto que não está mais no palanque e na rua fica em torno da rede social", avaliou.
É por isso que os políticos acabam "buscando desesperadamente" a audiência dos usuários, disputando com a concorrência o número de visualização dos conteúdos, curtidas e comentários com a mesma importância que o voto tem na eleição, mesmo que isso custe o envolvimento em polêmicas.
O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), é um exemplo. Apelidado de 'prefeito tiktoker' pela oposição, o cuiabano está entre os 15 políticos mais influentes do Instagram em 2025 no 'TOP 100 Políticos Brasileiros Mais Influentes do Instagram 2025'. Abilio aparece ao lado de patriotas famosos como o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), o prefeito de Sorocaba Rodrigo Manga (Republcanos-SP) e o ex-presidente Jair Bolsonaro.
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