O governo brasileiro definiu como prioridade trabalhar para retroceder a tarifa de 50% a produtos do país anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com vigência prevista para a partir de 1° de agosto. Nos bastidores, porém, ministros e representantes do setor produtivo que fazem parte do comitê de negociação com os EUA já descartam a possibilidade de que a tarifa retorne ao patamar anterior.
A proposta de pedido de adiamento das taxas em no mínimo 90 dias, antes defendida por representantes da indústria, foi deixada para um segundo momento: somente depois que todas as possibilidades de negociação para redução máxima da tarifa sejam esgotadas.
Setores da indústria também pediram ao governo para não haver retaliação até que a taxação seja confirmada. As decisões iniciais do grupo de trabalho criado pelo presidente Lula para discutir as medidas de reciprocidade ao tarifaço norte-americano foram acordadas nas primeiras reuniões desta terça-feira (15).
Uma das maiores preocupações do setor produtivo é o curto prazo para o possível início da vigência da taxação: apenas duas semanas. Ainda assim, o grupo concordou que a prioridade, agora, é retroceder a tarifa. Em seguida, tentar retardar a implementação.