A deputada federal Gisela Simona (UB) afirmou ao HNT que está disposta a ceder sua vaga ao suplente do partido, desde que o também deputado federal Coronel Assis tome a mesma iniciativa. A declaração foi uma resposta às recentes manifestações do governador Mauro Mendes, presidente estadual da sigla, e do atual titular da cadeira hoje ocupada por Gisela, o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia.
Gisela afirmou que o “acordo eleitoral” não foi discutido recentemente, nem mesmo durante a última reunião das lideranças do partido, realizada na segunda-feira (5). Segundo ela, a lógica seria de reciprocidade: “Como o Fábio (Garcia) abriu para eu entrar, agora seria a vez do Assis abrir. Se o Assis abrir, nós vamos nos organizar para abrir também”, resumiu a deputada.
Caso Assis e Gisela sigam a orientação dos líderes partidários e cumpram o acordo de campanha, quem deve assumir é Antônio Bosaipo, o pecuarista é filho do ex-deputado Humberto Bosaipo e da empresária de Rondonópolis, Marchiane Fritzen.
Obrigatoriamente, os suplentes ficarão 121 dias à frente do mandato.
REVEZAMENTO
Enquanto o governador Mauro Mendes deu um puxão de orelha no deputado Coronel Assis — que ainda não se licenciou do cargo para permitir a entrada dos suplentes —, lembrando que “ninguém se elegeu sozinho”, o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, foi além e citou nominalmente a deputada Gisela Simona, hoje no exercício do mandato como suplente dele.
Garcia revelou que havia um acordo eleitoral firmado entre os então candidatos, prevendo que cada parlamentar eleito deveria se licenciar ao menos duas vezes durante o mandato. “A ideia era abrir espaço para o primeiro e o segundo suplente, caso elegêssemos apenas um deputado federal. E, se elegêssemos dois, até o quarto suplente poderia assumir”, explicou.